Blog com informações e divulgação de atividades da ADLESTE, sindicato filiado ao ANDES (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior)
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
COMUNICADO ESPECIAL CNG ANDES-SN DE 08 DE AGOSTO DE 2012
CNG/ANDES DESMENTE O MEC SOBRE ENCERRAMENTO DE
NEGOCIAÇÕES
A greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino foi deflagrada após
um amplo esforço da categoria para negociar com o governo a partir da pauta:
Reestruturação da Carreira Docente e Condições de Trabalho. O governo
mantém-se inflexível desde o início das negociações, em 2010, e a greve,
iniciada em 17 de maio de 2012, surgiu como resposta a esta postura. Forçado
a apresentar propostas, quando o fez, manteve as distorções da carreira. A
primeira proposta foi unanimemente rejeitada pela categoria. A segunda
mantém a essência da primeira, faz algumas modificações pontuais e remete
para Grupos de Trabalho a parte estruturante da carreira. No dia 01 de agosto
de 2012, com a anuência do Proifes à proposta, o governo rompe
unilateralmente as negociações com o ANDES-SN e o SINASEFE para, em
seguida, assinar um Simulacro de Acordo com a entidade pró-governamental e
minoritária na mesa, tomando uma atitude claramente antisindical.
Os reajustes previstos no acordo atingem a categoria de modo desigual,
prejudicando os docentes e aprofundando as distorções, além de não repor,
para a maioria dos professores, a inflação efetiva aferida pelos órgãos oficiais
de estatística, para o período de 2010-2012, e a prevista para o período de
2013-2015. A título de exemplo tem-se o caso dos doutores que entram na
carreira docente, cujo salário de entrada não mantém seu valor real, tendo uma
previsão de perda de 5% para 2015.
O conteúdo desse acordo ignora o ponto de pauta do ANDES-SN referente às
condições do trabalho docente. Questões como expansão universitária,
infraestrutura, capacitação docente, retenção em lugares de difícil acesso,
auxílio transporte, são remetidos a grupos de trabalho-totalmente
desacreditados pelo comportamento pregresso do governo-, a ser
posteriormente tratados. Da mesma forma, o acordo não atende a melhoria da
qualidade da educação pública e não valoriza a carreira docente. Quanto ao
ponto da pauta relativo à reestruturação da carreira docente, o governo
desconsidera a proposta construída democraticamente pelo ANDES-SN,
mantendo a desestruturação atual da carreira. Isto pode ser observado na
relação aleatória entre os regimes de trabalho, na retribuição por titulação e
nos steps entre níveis e entre classes, com percentuais sem estabelecer
critérios que a organize ou que a ordene.Além disso, remete também para um
Grupo de Trabalho a definição de diretrizes, para avaliação do desempenho
docente, externa à universidade.
O governo alega não ter disponibilidade financeira para atender as
reivindicações dos docentes federais e que fez um grande esforço para
destinar apenas 4,2 bilhões parcelados em três anos. Porém, no mês de julho
deste ano concedeu anistia fiscal de 17 bilhões às Instituições Privadas,
demonstrando descaso pela educação pública.
O MEC usa/manipula de maneira ardilosa a informação proveniente da
consulta eletrônica realizada pela entidade que aceitou o acordo. Ao afirmar
que 75% dos professores optaram pela aceitação da proposta do governo,
omite que o universo consultado incidiu somente sobre 3% da categoria. O uso
de consultas eletrônicas vem sendo disseminado por entidades pouco afeitas a
praticas sindicais, numa tentativa frustrada de substituir as Assembleias Gerais.
Esse tipo de consulta avilta a democracia sindical e retira do trabalhador o
espaço privilegiado de debate proporcionado pela assembleia.
A greve permanece firme e coesa, e, a cada rodada nacional de Assembleias
Gerais, se fortalece.Os docentes têm clareza do significado da luta e cobram
reabertura de negociações, visando o atendimento da pauta de reivindicações,
a qual objetiva o avanço da educação pública. Hoje, dia 08 de agosto de 2012,
às 18h foi contabilizado pelo CNG o número de 57 assembleias que votaram
pela manutenção da greve e reabertura das negociações com o governo. Essa
decisão se sustenta pela justeza do pleito da categoria e pela legitimidade das
instâncias democráticas de deliberações do ANDES-SN.
Brasília, 08 de agosto de 2012.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Esta greve preve melhorias nos campus da universidades federais principalmente a UFMS pois o campus da cidade de Nova Amdradina precisa de melhorias no acesso como por ex iluminação na rodovia que dá acesso ao campus. Outra reivindicação é em relação ao transporte dos academicos até o campus que não é disponibilizado nem pela prefeitura e nem pelo campus. E ai fica nesse jogo de empurra
ResponderExcluir