segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A ADUFMS SOMOS NÓS E A LUTA CONTINUA...

Este é o momento de comemorarmos mais uma conquista dos professores da UFMS, que decidiram, em assembleia, pela manutenção da greve. Essa decisão foi tomada a revelia das recomendações da diretoria da ADUFMS, orquestradas pelo PROIFES – Federação, no dia 15/08, reunindo 222 docentes nos 11 campi desta universidade, contrariando as afirmações de que as assembleias são esvaziadas. Em tempos de defesa da prática sindical de gabinete, regida por consultas eletrônicas e decisões unilaterais, nós, professores e professoras da UFMS, mostramos que a base é sim definidora dos rumos do movimento sindical. Mostramos que não autorizamos ninguém a falar em nosso nome, muito menos decidir por nós. Esta conquista é a expressão dos novos rumos que queremos dar ao sindicalismo desta universidade: transparência e respeito às bases. Nossas decisões coletivas vêm provar cada vez mais a ilegitimidade de um sindicato que, se dizendo independente, não representa os desejos de quem é motivo de sua existência. Por manobras vergonhosas, espúrias, a ADUFMS-Sindical busca a desmobilização docente para atender as orientações de um governo, cujo papel é o de proteger e oferecer condições para a manutenção do bloco hegemônico no poder. Como todos acompanharam nas assembleias do último dia 15 de agosto, nosso estatuto foi simplesmente colocado de lado. Impressionante para um sindicato que até agora atuou com esta ferramenta para barrar suas bases. De qualquer forma, com estatuto ou sem estatuto, já compreendemos que nosso papel é resistir e enfrentar todas as determinações impostas, especialmente se considerarmos que “[...] o Estado não pode sufocar todas as instituições da República. A autonomia universitária sempre possibilitou melhor retorno social ao povo [...].” Reflitamos sobre questões concretas. Por que temos que ser nós a pagar o ônus da crise causada pelo sistema financeiro, quando dizem que devemos considerar a crise mundial, se não fomos nós a criar tal situação? A quem responde o governo? A quem tem concedido e/ou subsidiado com o dinheiro que é público? Quem paga a dívida pública? Antes disso, em favor de quem ela é contraída? Quem produz a riqueza e quem usufrui dela? Não precisamos de muitas provas para concluir que esta é a realidade. Basta fazermos nossa contabilidade pessoal e verificamos que a cada dia somos surpreendidos com a precarização de nossa profissão e de nossas vidas, razões suficientes para continuarmos pressionando para a reabertura das negociações. Não é essa universidade acordada pelo PROIFES que queremos. Queremos aquela que cumpra a função de humanizar o homem e não torná-lo uma máquina produtora de mais valia. Essa universidade proposta pelo governo, que prioriza a produtividade em detrimento da formação humana, não nos interessa. Por estas e outras atitudes é que manifestamos, em nossa última assembleia, a vontade de romper definitivamente com essa Federação, por não nos reconhecermos nela. Portanto, deixemos que a base decida pela necessária desfiliação do PROIFES. Nesse sentido, consideramos irrelevante e falaciosa a argumentação da diretoria da ADUFMS sobre a desfiliação da federação PROIFES, destacando uma questão que seria trágica se não fosse cômica: Seremos guiados por quem? Estaremos a serviço de grupos ideológicos políticos partidários? Enganam-se aqueles que pensam ser esta uma greve de esquerda guiada por organizações de oposição ou partidárias. Ao contrário, este é um movimento plural que agrega as mais diversas tendências políticas e/ou filosóficas, o que faz desse momento histórico o mais forte e determinado enfrentamento no âmbito das lutas docentes. Sabemos que, contraditoriamente, há entre os grevistas muitos professores ditos “esquerdistas” que, muito espertamente, durante a greve ficam em casa escrevendo artigos e livros para ampliar seus currículos lattes. Entretanto, isso não significa o esvaziamento nas assembleias, nem a fragilidade de nossas determinações. Acaso nós professores não temos senso crítico suficiente para sabermos o que queremos? Por que essa diretoria acha-se no direito de definir, para toda a categoria, o que é certo ou errado, que caminho devemos ou não seguir, quando em sua imensa maioria (e quando o dizemos podemos provar em números concretos e não abstratos, em dados reais e não forjados no apagar das luzes, como no caso da UNB) diz em alto e bom tom: Sei que não vou por aí! (Cântico Negro do poeta português José Régio)? Quem os autoriza a decidir contra nós mesmos? Ou damos um basta à deterioração de nossa carreira e das condições precarizadas de trabalho ou com muita brevidade chegaremos ao fundo do poço. Se optamos pela greve como instrumento de luta é porque sabemos de nossas necessidades urgentes e não ouvidas por aqueles que devem cumprir suas obrigações com o povo, porque é a ele que nosso trabalho se dirige. São nessas ocasiões que se potencializam os debates internos e externos às Universidades, portanto, ao contrário do que os tecnocratas de plantão afirmam, não há prejuízo para a educação, mas sim o fortalecimento da consciência crítica tão cara à defesa da Universidade pública, laica, gratuita e de qualidade (o que acaba sendo uma redundância, já que é impensável uma universidade sem qualidade). Apesar de todos os percalços a greve atual já aponta conquistas importantes como: a participação coletiva de professores, estudantes e técnicos-administrativos; o sentimento de pertence à comunidade acadêmica, a unidade de uma pauta nacional; a defesa da solidariedade e da dignidade; a consciência política de que não somos massa de manobra; a coragem e a ousadia de lutar por uma universidade verdadeiramente democrática; a descoberta de um potencial de luta à muito tempo adormecido. “Um espectro daninho ronda o sindicalismo brasileiro há mais de oitenta anos: o sindicato de Estado.” No entanto, é exatamente no seio desse sindicalismo que o embate se fortalece e contraria as expectativas do peleguismo oficial. É aí que se prova a força docente. É aí que podemos potencializar as transformações que nos cabem nesse momento histórico. Avante professores! A luta é árdua, mas frutífera. COMANDO ESTADUAL DE GREVE/UFMS

PORQUE da DESFILIAÇÃO da ADUFMS-Sindical do PROIFES

1. O PROIFES tem utilizado de Plebiscito para nortear as suas deliberações, em detrimento da Assembleia Geral que historicamente é o órgão máximo de deliberação. 2. Encaminha as suas ações por meio de decisões de seu conselho deliberativo, além de utilizar-se do expediente do plebiscito apenas para ratificar as decisões desse conselho, sendo assim, secundariza e despreza a execução das assembleias nos seus poucos sindicatos afiliados; 3. O PROIFES é ilegítimo, porque desrespeita as suas bases. Ele não poderia ter assinado o acordo antes de consultar as bases em assembleia (e não em plebiscito). As bases nas assembleias recusaram; 4. A desfiliação da ADUFMS-Sindical do PROIFES-Federação NÃO acarretará perda de sua representatividade sindical com o governo, existindo a possibilidade de permanecer como um sindicato autônomo (como a ADUNILA, a APUFSC e a APUBH) ou de se refiliar ao ANDES-SN, tornando-se uma seção sindical deste como quando de sua criação; 5. A ADUFMS afirma que outra consequência imediata será a não participação nos Grupos de Trabalho (GTs). Vale lembrar que os GTs que foram acordados com o governo nunca chegaram a se efetivar, o que levou os docentes das IFES à Greve nacional em 2012. Além disso, nada está decidido sobre futuros GTs e já está mais do que provado que o PROIFES, mesmo participando de eventuais GTs em nosso nome, não representa nossos interesses; 6. Por que a proposta do PROIFES/governo não é boa para a categoria: (1) mantém os professores separados em classes que não refletem mais a realidade do nosso trabalho; (2) atenta contra a organização do trabalho docente, fere a autonomia universitária uma vez que será condicionada a normatizações externas, vindas do MEC; (3) provoca desestruturação da carreira e da malha salarial; (4) desvaloriza a titulação; (5) reduz o valor real da remuneração; (6) institui um sistema de avaliação com características incompatíveis com o trabalho acadêmico; (7) aprofunda a hierarquização estratificada em classes com novas barreiras; (8) imprime novamente característica exterior ao desenvolvimento na carreira para o professor titular; (9) desconsidera as profundas injustiças e perdas de direitos; (10) descaracteriza o regime de Dedicação Exclusiva; (11) não assegura que os direitos individuais e coletivos, inclusive dos aposentados e pensionistas, fiquem resguardados no re-enquadramento à nova situação. Outros itens que foram deixados de lado na negociação do PROIFES e o governo: a) Cargos/vagas docentes e de servidores técnico-administrativos nas IFE; b) Ampliação de recursos para manutenção, obras e infraestrutura; c) Gestão democrática nas IFE; d) Programa de expansão (Reuni/Pronatec). COMANDO UNIFICADO DE GREVE DA UFMS

Carta de professor do Campus de Aquidauna, candidato do PT em Anastácio, ao senadores da República

Prezados Senadores Sou Professor Universitário Federal à 32 anos, e filiado ao PT à 25 anos. Talvez o que eu escrevo nesse e-mail não tenha a menor importância para voces. Mas me atrevo a enviar-lhes como forma de protesto o mais veemente repúdio sobre a maneira como a qual o governo do meu Partido dos Trabalhadores esta tratando a Greve dos SPFs. A 100 dias em greve esse governo nega-se em negociar com a categoria do SPFs como um todo. E ao fragmentar as negociações esfacela com a possibilidade de vivermos numa república onde os poderes atuam em harmonia com o sentimento nacional. Esse espirito esta presente nessa greve e por isso ela é forte. Quero dizer que sou filiado ao PT desde 1987 e em todas as eleições municipais tenho participado ativamente como militante e nas eleições de 1988, 1992, 2004 e 2008 fui candidato em três delas a vereador pelo PT e em uma para vice-prefeito, numa cidadezinha do interior conhecida c omo Anastácio no Mato Grosso do Sul que faz divisa com Aquidauana, onde em 1992 recebemos o Presidente Lula numa das mais empolgantes campanhas que o PT realizou nesse município. Em 1996 começamos a desenvolver a politica de alianças fomos aliados do PMDB para prefeito e participamos com um chapa para vereadores. Agora em 2012 estou novamente tentando me eleger vereador nessse município pelo PT, ouço nas ruas o comentário sobre a atitude de um governo que se diz dos trabalhadores tratando com tanto descaso os seus servidores públicos, somos tratados realmente como serviçais do governo de plantão que tem a educação apenas como um discurso de retórica. Como professor Universitário do campus de Aquidauana da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul encontro-me em greve por uma carreira mais justa com a realidade atual dos docentes e por melhorias das condições de trabalho. No dia 25 de agosto de 2012 o Comando Nacional de Greve do ANDES Sindicato Nacion al, fez os seguintes encaminhamentos que agora envio aos Senhores solicitando que intercedam a nosso favor para que o governo Dilma reabra as negociações com a categoria dos docentes, porque estamos dispostos a continuaar em greve até que ela nos receba para negociar. Atenciosamente Prof. Dr. Luiz Carlos Batista Prof. de Geografia Politica e candidato a vereador pelo PT nº 13.467 em Anastácio MS

sábado, 25 de agosto de 2012

SARAU CULTURAL DE GREVE: Educação e Luta : Pelo meu, pelo seu, pelo nosso Futuro

No dia 29/08 os SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS realizarão o SARAU CULTURAL DE GREVE: Educação e Luta : Pelo meu, pelo seu, pelo nosso Futuro. A atividade terá início por volta das 18h, com a distribuição de balões e convites na feira. Por volta das 18:30h começarão as apresentações. Contaremos com música, teatro, poesia e artes plásticas. Durante todo o evento haverá sorteio de brindes. Cesta Nobres (12 cestas) e Livros. Contamos com toda a comunidade Três Lagoense para prestigiar a Arte e a Educação. Maiores informações sobre a Apresentação e Programação do Sarau, falar com: Guilherme - Fone: 81022622 OBSERVAÇÃO: PESSOAL POR GENTILIZAR LEVAR CADEIRA.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

CONVITE PARA O VII CICLO DE PALESTRAS DO CURSO DE HISTÓRIA; COMEÇA SEGUNDA DIA 20!

Prezados alunos/as, ex-alunos/as e demais companheiros da História e de áreas afins, no dia 20 de Agosto agora, segunda- feira, daremos início ao VII Ciclo de Palestras, mesmo no contexto da greve. Por ser uma atividade considerada como prioritária haja vista o compromisso assumido anteriormente na compra de passagens, na confecção de folders, na definição da Programação, e no desenvolvimento da Extensão, esta atividade, coordenada pelo Centro Acadêmico de História, ocorrerá independentemente da greve. Aliás, pode e deve ser entendida como uma ATIVIDADE DA GREVE. Convidamos a todos a estarem presentes nesta segunda-feira, na unidade II, as 19:00 horas, para compartilhar desse momento da Greve. Como o Centro Acadêmico de História vem percebendo, organizar uma atividade nesse contexto não é nada fácil, pois implica a ausência de muitos que poderiam estar fazendo a GREVE junto conosco. Sabemos o quanto é dificil manter a GREVE e o quanto a nossa unidade é fundamental para que as conquistas se efetivem. Dessse modo esta atividade está intimamente ligada ao CONTEXTO DA GREVE. CONVIDAMOS AOS ALUNOS E PROFESSORES A RETORNAREM À UNIVERSIDADE PARA FORTALECER O MOVIMENTO DE GREVE E AO MESMO TEMPO DISCUTIR OS "DESLOCAMENTOS, INTOLERÂNCIAS E ORALIDADES NA HISTÓRIA". Neste primeiro dia de Ciclo de Palestras contaremos com a presença de um renomado historiador, o Prof. José Carlos Sebe Bon Mehy, da História, USP, e do Professor da casa, Prof. Dr. Lourival dos Santos. Ambos os professores, com vasta experiência no trabalho com a História Oral, poderão contribuir, fundamentalmente, para este debate. Esta ação é uma atividade de FORTALECIMENTO DA GREVE. Estejampresentes no ANFITEATRO DOS PRÉDIOS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA, NO DIA 20/08, AS 19:00 hs e repassem este convite ao máximo que puderem. Na manhã seguinte haverá uma oficina coordenada pelo Prof. Sebe Bon Mehy. Um abraço a todos e todas. -- Maria Celma Borges Profa. Dra. em HIstória do Brasil. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas

RELATO DA ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA CONVOCADA PELA ADUFMS-SINDICAL PARA DELIBERAR SOBRE O FINAL DA GREVE NA UFMS

A assembléia extraordinária convocada pela diretoria de ADUFMS-SINDICAL, vinculada ao PROIFES, realizou-se no dia 15/08/2012, pela manhã, tendo como pauta única a deliberação sobre o fim da greve na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Estão contemplados neste relato os campi de Aquidauana, Bonito, Campo Grande,Corumbá e Coxim. Em Campo Grande, com quatro seguranças contratados (alegação proteger o patrimônio do sindicato) para o evento, o procedimento proposto pela diretoria do sindicato (que não permitiu a participação do comando de greve na mesa) foi, inicialmente, o de fazer “uma digressão” (palavras do presidente da entidade) sobre a greve e posteriormente a inscrição de fala para apenas três filiados a favor do fim da greve e três contra, o que contraria o estatuto, além de ser um encaminhamento antidemocrático, muito embora ele tenha afirmado várias vezes estar defendendo a democracia do processo. Imediata e veementemente foi interrompido pela plenária que, depois de uma discussão conflituosa (com corte do som para os professores, mas continuamos falando), conseguiu que as falas fossem abertas a todos que desejassem fazer uso da palavra, por uma hora. Somente o presidente, o secretário e um professor aposentado defenderam o fim da greve e todas as demais falas foram vigorosamente a favor da continuidade na greve. Durante as intervenções foi proposta a ampliação da pauta para a inclusão da votação sobre a desfiliação do PROIFES, o que não foi acatada pela mesa, que, após a conclusão da votação da pauta única, encerrou abruptamente a assembléia sem considerar o clamor da plenária a respeito da inclusão de pauta. Em seguida, por iniciativa dos docentes e comando de greve, iniciou-se a coleta de assinaturas para um abaixo assinado que solicita a convocação de assembleia para discutir e deliberar acerca da desfiliação da ADUFMS do PROIFES-Federação. Outro despautério importante a relatar foi a forma de votação, em assembléia, com cédula nominal, que além de estar explicito no estatuto que a votação deve ser aberta, contraria o princípio democrático próprio desse processo. Depois de muita briga eles resolveram pela votação por aclamação. O Presidente da ADUFMS contou bem lenta e inicialmente cada voto e no final de forma tão rápido que ninguém conseguiu acompanhar, abocanhando, assim, uns votos a mais contra a greve e uns votos a menos a favor. Estiveram presentes na assembleia de Campo Grande professores dos campi de Aquidauana (1), Corumbá (5), Paranaíba (4) todos votando pela continuidade da greve (votos computados em Campo Grande). De maneira geral esse foi o processo nas demais seções da ADUFMS. Complementando o já expostos ressaltamos: - no campus de Aquidauana os representantes do sindicato abdicaram de cumprir seu papel, não compondo a mesa dos trabalhos e foi votada a desfiliação do PROIFES; - no campus de Bonito a condução dos trabalhos foi feita pelo representante da Adufms que encaminhou o processo sem maiores problemas; - no campus de Corumbá dois docentes do comando de greve compuseram a mesa e a inclusão do ponto desfiliação do PROIFES não foi registrado como pauta em razão do impasse com a representação do sindicato e a interpretação do estatuto, sendo incluído sim na pauta o "chamamento de uma Assembleia com pauta única - desfiliação do PROIFES"; - no campus de Coxim, embora os associados tenham votado na cédula, eles tornaram público seus votos junto aos colegas presentes e mostraram insatisfação na forma como vem sendo conduzida a ADUFMS/PROIFES em relação à greve; - no campus de Três Lagoas o que se observou foi a conduta daquela seção (segundo informações) ligando para vários professores e MANDANDO irem à assembleia para votar pelo fim da greve. Segundo relatos de docentes locais, não fosse a intervenção de uma professora que é filiada a ADUFMS, mas vem militando com a ADLESTE em todo o período de greve, talvez nessa seção a votação seria pelo final da greve.

Assembleias da ADUFMS votam pela continuidade da Greve próxima pauta é a desfiliação do PROIFES

Em assembleia tensa realizada em Campo Grande, e, em outras nos campi de Aquidauna, Corumba, Bonito, Três Lagoas, Naviraí, Chapadão do Sul, Ponta Porã, Coxim, Nova Andradina e Paranaíba os professores decidiram pela CONTINUAÇÂO DA GREVE DA UFMS. Foram 222 votos: 77 a favor do encerramento da greve,143 contra e duas abstenções. Ficou deliberado que a próxima assembleia terá como pauta única a desfiliação do PROIFES.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ATENÇÃO, ACADÊMICOS DO CPTL/CPAR/CPNA ALGUMAS RAZÕES PARA CONTINUARMOS EM GREVE

O Governo Dilma tem quase 80 % de aprovação popular e se aproveita disso para vergonhosamente veicular mentiras, dizendo que os professores federais teriam recusado 45% de aumento. A verdade não dita pelo governo e a grande imprensa, é a de que este governo não vem escutando os professores e os técnicos das instituições federais de ensino, em greve, nacionalmente, há quase três meses. Conforme o governo Dilma, as negociações com os professores estão encerradas, pois o PROIFES aceitou o “acordo” de venda da alma ao diabo. Este que se diz Sindicato, não representa nem mesmo 5% da categoria de professores no Brasil. Sua prática de subserviência evidencia que é um Sindicato pelego, constituído no governo Lula para emperrar as ações da classe trabalhadora da educação. Infelizmente a diretoria da ADUFMS está atrelada ao PROIFES, o que sinaliza para o conservadorismo e o atraso desta Seção Sindical. Entretanto, as bases da ADUFMS tem se rebelado e mostrado a necessidade de denúncia dos acordos espúrios que vem sendo estabelecidos, à revelia da maior parte dos professores. Nós, da ADLeste (Seção Sindical do ANDES-SN), juntamente com muitos outros professores de vários Campi – e do Comando Estadual de Greve –, que têm participado da construção da greve desde o seu princípio, sabemos que não podemos nos calar diante desta situação. A posição da ADLeste, defendida em Assembleia aberta a todos os professores, é a de que a decisão dos professores, em assembleia, de permanência da greve é soberana, independentemente da orientação conservadora da diretoria da ADUFMS e do PROIFES. Temos construído o ANDES–SN em Mato Grosso do Sul, com a cabeça erguida e queremos que os acadêmicos saibam que a greve, num tempo indeterminado, não interessa a ninguém. Queremos que o governo retome as negociações, partindo da premissa do respeito à categoria dos professores. Não podemos nos limitar ao acordo de esquartejamento da categoria centrado em tabelas salariais. As discussões que permeiam as condições de trabalho e o Plano de Carreira não podem ser remetidas à indefinição dos Grupos de Trabalho. A greve nasceu pela ineficácia do governo em de fato atuar no GT Carreiras montado em 2011. Na educação federal (IFMS e UFMS em Três Lagoas) a proposta veiculada pela mídia do reajuste de 45% não é verdadeira! O “aumento” que dizem conceder até 2015 acumulará perdas de até 8%, pois será parcelado nos próximos três anos e destinado, em sua maior parte, a uma minoria dos professores, desconsiderando ainda a desvalorização e a inflação do período. Dilma e seus representantes do Ministério do Planejamento e do Ministério da Educação alegam que o impacto do aumento aos cofres públicos será de R$ 4,2 bilhões, mas não dizem que a Medida Provisória 559, já aprovada pelo Congresso e aguardando sanção da presidenta, concederá R$ 15 bilhões às faculdades particulares, sob a forma de renúncia fiscal. Ao tomar esta posição de desrespeito à categoria, o governo Dilma não está interessado em defender o direito dos brasileiros de estudarem em boas instituições de ensino federais. Continuamos em greve defendendo a educação pública, lutando por uma carreira única de professor federal para todas as instituições federais (Universidades, Institutos e Colégios Federais), por melhores condições de trabalho e pela definição de data base para reposição da inflação nos salários. A pauta local, que cobra soluções para problemas estruturais da UFMS, vem sendo debatida com a administração da Universidade. Três reuniões foram realizadas com a Reitoria, e até o momento apenas uma com a direção do CPTL. Seguimos cobrando uma posição da direção do CPTL quanto aos pontos levantados pelo Comando Local de Greve. Pedimos a compreensão dos estudantes, esperando contar com o seu apoio, pois para nós, professores, os acadêmicos são a razão de existirmos enquanto categoria. A GREVE É FORTE! O MOMENTO É AGORA! Comando Local de Greve

PROFESSORES DO CPTL/CPAR/CPNA/UFMS LEIAM COM ATENÇÃO GOVERNO DILMA ENCENA UMA FARSA E SE NEGA A NEGOCIAR

A educação é central para o desenvolvimento humano de um país, contribuindo com o processo de desenvolvimento político, econômico, artístico, cultural, científico e tecnológico. Trata-se, portanto, de campo privilegiado de disputas por projetos de formação antagônicos: um que a transforma em mercadoria e objeto de lucro e outro que a defende como bem público e direito de todos. Neste embate de projetos, o direito de greve dos trabalhadores representa um instrumento legítimo e necessário para fazer frente às tentativas de diferentes governos, ligado aos interesses do capital, em desrespeitar a educação pública de qualidade como um patrimônio da sociedade, reduzindo direito dos trabalhadores e impondo perdas de garantias sociais. No Brasil, um dos campos de disputa se expressa na lógica em que se assenta a expansão precarizada da educação pública, em especial no que se refere às Instituições Federais de Ensino. O projeto do governo Dilma, iniciado no governo Lula, de ampliação do número de vagas sem os meios necessários, somado a um processo orquestrado de desestruturação da carreira docente, levou os professores de 61 IFE a deflagrarem o maior movimento paredista da história do ANDES Sindicato Nacional. Diante da força do movimento, o governo instalou a mesa de negociação com as entidades docentes. Contudo, o que parecia ser a expressão democrática da relação entre governo e professores, foi unilateralmente interrompido. O governo Dilma, sem atender as reivindicações da categoria, forjou um falso consenso, escolhendo uma entidade, o Proifes, criada e alimentada pela própria lógica política do governo, para assinar um simulacro de acordo que consubstancia um flagrante ato antisindical. Fere a autonomia sindical, na medida em que a única entidade signatária não tem legitimidade e sua posição foi derrotada nas Assembleias de base, inclusive nas IFE onde detém a direção do sindicato (como na UFMS) – para assinar o acordo, que não atende a melhoria da qualidade da educação, das condições de trabalho, nem valoriza a carreira docente, conforme consta na pauta do movimento em greve. Além disto, o conteúdo deste acordo representa um claro ataque à autonomia universitária e aprofunda ainda mais a desestruturação da carreira. Ao ser assinado com uma entidade sem mandato para tal, que ataca o direito de greve e negocia a revelia da categoria, configura um flagrante golpe aos princípios básicos da negociação e do respeito à organização sindical. Diante disso, o CNG/ANDES SN ao tempo em que reafirma a sua defesa intransigente à democracia sindical, com respeito às decisões pela base, exige que as negociações sejam reabertas e conclama entidades e trabalhadores a repudiarem a forma como o governo, com ajuda de entidades como o Proifes, tem atacado o direito de greve. A pauta local, que cobra soluções para problemas estruturais da UFMS, vem sendo debatida com a administração da Universidade. Três reuniões foram realizadas com a Reitoria, e até o momento apenas uma com a direção do CPTL. Seguimos cobrando uma posição da direção do CPTL quanto aos pontos levantados pelo Comando Local de Greve. A GREVE CONTINUA PELA REABERTURA EFETIVA DE NEGOCIAÇÕES. PARTICIPE DAS ASSEMBLEIAS SEMANAIS

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

COMUNICADO ESPECIAL CNG ANDES-SN DE 08 DE AGOSTO DE 2012

CNG/ANDES DESMENTE O MEC SOBRE ENCERRAMENTO DE NEGOCIAÇÕES A greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino foi deflagrada após um amplo esforço da categoria para negociar com o governo a partir da pauta: Reestruturação da Carreira Docente e Condições de Trabalho. O governo mantém-se inflexível desde o início das negociações, em 2010, e a greve, iniciada em 17 de maio de 2012, surgiu como resposta a esta postura. Forçado a apresentar propostas, quando o fez, manteve as distorções da carreira. A primeira proposta foi unanimemente rejeitada pela categoria. A segunda mantém a essência da primeira, faz algumas modificações pontuais e remete para Grupos de Trabalho a parte estruturante da carreira. No dia 01 de agosto de 2012, com a anuência do Proifes à proposta, o governo rompe unilateralmente as negociações com o ANDES-SN e o SINASEFE para, em seguida, assinar um Simulacro de Acordo com a entidade pró-governamental e minoritária na mesa, tomando uma atitude claramente antisindical. Os reajustes previstos no acordo atingem a categoria de modo desigual, prejudicando os docentes e aprofundando as distorções, além de não repor, para a maioria dos professores, a inflação efetiva aferida pelos órgãos oficiais de estatística, para o período de 2010-2012, e a prevista para o período de 2013-2015. A título de exemplo tem-se o caso dos doutores que entram na carreira docente, cujo salário de entrada não mantém seu valor real, tendo uma previsão de perda de 5% para 2015. O conteúdo desse acordo ignora o ponto de pauta do ANDES-SN referente às condições do trabalho docente. Questões como expansão universitária, infraestrutura, capacitação docente, retenção em lugares de difícil acesso, auxílio transporte, são remetidos a grupos de trabalho-totalmente desacreditados pelo comportamento pregresso do governo-, a ser posteriormente tratados. Da mesma forma, o acordo não atende a melhoria da qualidade da educação pública e não valoriza a carreira docente. Quanto ao ponto da pauta relativo à reestruturação da carreira docente, o governo desconsidera a proposta construída democraticamente pelo ANDES-SN, mantendo a desestruturação atual da carreira. Isto pode ser observado na relação aleatória entre os regimes de trabalho, na retribuição por titulação e nos steps entre níveis e entre classes, com percentuais sem estabelecer critérios que a organize ou que a ordene.Além disso, remete também para um Grupo de Trabalho a definição de diretrizes, para avaliação do desempenho docente, externa à universidade. O governo alega não ter disponibilidade financeira para atender as reivindicações dos docentes federais e que fez um grande esforço para destinar apenas 4,2 bilhões parcelados em três anos. Porém, no mês de julho deste ano concedeu anistia fiscal de 17 bilhões às Instituições Privadas, demonstrando descaso pela educação pública. O MEC usa/manipula de maneira ardilosa a informação proveniente da consulta eletrônica realizada pela entidade que aceitou o acordo. Ao afirmar que 75% dos professores optaram pela aceitação da proposta do governo, omite que o universo consultado incidiu somente sobre 3% da categoria. O uso de consultas eletrônicas vem sendo disseminado por entidades pouco afeitas a praticas sindicais, numa tentativa frustrada de substituir as Assembleias Gerais. Esse tipo de consulta avilta a democracia sindical e retira do trabalhador o espaço privilegiado de debate proporcionado pela assembleia. A greve permanece firme e coesa, e, a cada rodada nacional de Assembleias Gerais, se fortalece.Os docentes têm clareza do significado da luta e cobram reabertura de negociações, visando o atendimento da pauta de reivindicações, a qual objetiva o avanço da educação pública. Hoje, dia 08 de agosto de 2012, às 18h foi contabilizado pelo CNG o número de 57 assembleias que votaram pela manutenção da greve e reabertura das negociações com o governo. Essa decisão se sustenta pela justeza do pleito da categoria e pela legitimidade das instâncias democráticas de deliberações do ANDES-SN. Brasília, 08 de agosto de 2012.

CARRETEIRO DA GREVE - DIA 14/08

Olá pessoal, na semana passada em reunião de Comissão de mobilização, contando com participantes dos outros sindicatos junto a ADLeste -FASUBRA (SISTA) e SINASEFE -, definimos a realização de um "CARRETEIRO DA GREVE" para custear parte dos gastos que estamos tendo em vista das atividades de mobilização da greve. O CARRETEIRO DA GREVE será no dia 14/08 (terça-feira), as 20:00 hs na casa de uma das professoras do Instituto Federal ( Ana Karina). No convite consta o endereço. Estamos vendendo o convite a 15,00 (quinze reais) adultos e 7,00 (sete reais) crianças e adolescentes. ´Estaremos servindo também o marmitex (para quem queira buscar). Pessoal, por favor, vamos participar contribuindo para que as atividades, definidas em Assembleia unificada, possam ser viabilizadas. Estarei na Unidade II - quarta e quinta a tarde ( das 13:15 as 17:00 hs). Por favor, me procurem para adquirir o convite. Ou peçam para que façamos a reserva, por e-mail, pois na segunda-feira teremos Assembleia da ADleste, as 14:00 hs, na Unidade II, e poderei então estar confirmando a participação de vocês e recebendo o valor dos convites. Um abraço e contamos com a participação de todos. Maria Celma. pela Comissão de mobilização.

MOBILIZAÇÃO DA GREVE: DOAÇÃO DE SANGUE E CADASTRO DE MEDULA OSSÉA

Caros companheiros e companheiras da Educação Federal em Três Lagoas, 09/08 -Dia Nacional de mobilização dos Servidores Federais O Coletivo de Articulação Política, como deliberado em nossa 2ª AU, estabeleceu contato com o Hemo-núcleo de nossa cidade agendando a doação de sangue e cadastramento de doadores de medula óssea para amanhã (09/08/2012). O Hemo-núcleo funciona apenas no matutino, então, nossa atividade será matinal... ("madrugal", se me permitirem a brincadeira...) Orientações Gerais: Ir "caracterizado" (Coletes / Camisetas de Greve), levar cartazes e bandeirolas. Não esqueçam do protetor solar, uma garrafinha de água e chapéu também pois apesar do ato ser no matutino, nossa terra é solar ao extremo como todos já sabem e não há nenhum sombreado (árvore, toldo, etc...) na esquina do Hemo-núcelo com a Olyntho Mancini. Vamos então aos escalrecimentos/demandas: 1- Horário do Ato (Matutino - 7:30 as 11:30) 2- Chegada dos ativistas (7:30) 3- Local da atividades paredistas (Esquina do Hemo-Núcleo) na Av. Olyntho Mancini (Duas quadras da Unidade I do CPTL/UFMS) 3.1. Doadores (No Hemo-Núcleo para procedimentos técnicos: cadastramento, pré-teste, etc....) ATENÇÃO: Orientações aos doadores (só são atendidos 30 pessoas no Hemo-Núcelo em virtude da condição laboral deles) Condições básicas para doar sangue (Fonte: Panfleto informativo - SUS/Ministério da Saúde/Governo Federal) - Sentir-se bem, com saúde. - Apresentar documento com foto, emitido por órgão oficial e válido em todo o território nacional. - Ter entre 18 e 65 anos de idade. - Pesar acima de 50 kg. Recomendação para o dia da doação: - Nunca vá doar sangue em jejum. - Repouso mínimo de 6 horas na noite anterior. - Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores. - Evitar fumar por pelo menos 2 horas antes da doação. - Evitar alimentos gorudorosos Quem não pode doar? - Quem teve diagnóstico de hepatite após 10 anos de idade. - Mulheres grávidas ou que estejam amamentando. - Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como AIDS, Hepatite, Sífilis e Doença de Chagas. - Usuários de drogas. - Aqueles que tiveram relacionamento sexual, com múltiplos parceiros, nos últimos 12 meses. 4 - Sobre a Medula Óssea lembramos que será feito apenas o cadastramento, só há doação de medula em caso de compatibilidade no atendimento as demandas do cadastro nacional. Aqueles doadores interessados neste cadastramento, não precisam, necessariamente os mesmos que irão doar sangue: 5- ATENÇÃO AOS COMANDOS DE GREVE: Precisamos levantar no dia de hoje10 doadores de sangue em nossas bases (10 doadores ADLeste, 10 doadores SINASEFE e 10 doadores SISTA) Informações da Comissão de Articulação Política

URGENTE: DOAÇÃO DE SANGUE AO HEMO NÙCLEO DE TRÊS LAGOAS AMANHÃ DIA 09 de AGOSTO

Caros companheiros e companheiras da Educação Federal em Três Lagoas, 09/08 -Dia Nacional de mobilização dos Servidores Federais O Coletivo de Articulação Política, como deliberado em nossa 2ª AU, estabeleceu contato com o Hemo-núcleo de nossa cidade agendando a doação de sangue e cadastramento de doadores de medula óssea para amanhã (09/08/2012). O Hemo-núcleo funciona apenas no matutino, então, nossa atividade será matinal... ("madrugal", se me permitirem a brincadeira...) Orientações Gerais: Ir "caracterizado" (Coletes / Camisetas de Greve), levar cartazes e bandeirolas. Não esqueçam do protetor solar, uma garrafinha de água e chapéu também pois apesar do ato ser no matutino, nossa terra é solar ao extremo como todos já sabem e não há nenhum sombreado (árvore, toldo, etc...) na esquina do Hemo-núcelo com a Olyntho Mancini. Vamos então aos escalrecimentos/demandas: 1- Horário do Ato (Matutino - 7:30 as 11:30) 2- Chegada dos ativistas (7:30) 3- Local da atividades paredistas (Esquina do Hemo-Núcleo) na Av. Olyntho Mancini (Duas quadras da Unidade I do CPTL/UFMS) 3.1. Doadores (No Hemo-Núcleo para procedimentos técnicos: cadastramento, pré-teste, etc....) ATENÇÃO: Orientações aos doadores (só são atendidos 30 pessoas no Hemo-Núcelo em virtude da condição laboral deles) Condições básicas para doar sangue (Fonte: Panfleto informativo - SUS/Ministério da Saúde/Governo Federal) - Sentir-se bem, com saúde. - Apresentar documento com foto, emitido por órgão oficial e válido em todo o território nacional. - Ter entre 18 e 65 anos de idade. - Pesar acima de 50 kg. Recomendação para o dia da doação: - Nunca vá doar sangue em jejum. - Repouso mínimo de 6 horas na noite anterior. - Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores. - Evitar fumar por pelo menos 2 horas antes da doação. - Evitar alimentos gorudorosos Quem não pode doar? - Quem teve diagnóstico de hepatite após 10 anos de idade. - Mulheres grávidas ou que estejam amamentando. - Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como AIDS, Hepatite, Sífilis e Doença de Chagas. - Usuários de drogas. - Aqueles que tiveram relacionamento sexual, com múltiplos parceiros, nos últimos 12 meses. 4 - Sobre a Medula Óssea lembramos que será feito apenas o cadastramento, só há doação de medula em caso de compatibilidade no atendimento as demandas do cadastro nacional. Aqueles doadores interessados neste cadastramento, não precisam, necessariamente os mesmos que irão doar sangue: 5- ATENÇÃO AOS COMANDOS DE GREVE: Precisamos levantar no dia de hoje10 doadores de sangue em nossas bases (10 doadores ADLeste, 10 doadores SINASEFE e 10 doadores SISTA) Informações da Comissão de Articulação Política --

DENÚNCIA DE ATO ANTISINDICAL: GOVERNO DILMA ENCENA UMA FARSA E SE NEGA A NEGOCIAR COM OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO.

Abaixo documento assinado pela CNG ANDES: A educação é central para o desenvolvimento humano de um país, contribuindo com o processo de desenvolvimento político-econômico, artístico-cultural, científico-tecnológico. Trata-se, portanto, de campo privilegiado de disputas por projetos de formação antagônicos: um que a transforma em mercadoria e objeto de lucro e outro que a defende como bem público e direito de todos. Neste embate de projetos, dentre as estratégias de luta historicamente consagradas, o direito de greve dos trabalhadores representa um instrumento legítimo e necessário para fazer frente às tentativas de diferentes governos, ligado aos interesses do capital, em desrespeitar a educação pública de qualidade como um patrimônio da sociedade, reduzindo direito dos trabalhadores e impondo perdas de garantias sociais. No Brasil, um dos campos desta disputa se expressa na lógica em que se assenta a expansão precarizada da educação pública, em especial no que se refere às Instituições Federais de Ensino. O projeto do governo Dilma, iniciado no governo Lula, de ampliação do número de vagas sem os meios necessários, somada a um processo orquestrado de desestruturação da carreira docente, levou os professores de 61 IFE a deflagrarem o maior movimento paredista da história do ANDES Sindicato Nacional. Diante da força do movimento, o governo instalou a mesa de negociação com as entidades docentes. Contudo, o que parecia ser a expressão democrática da relação entre governo e professores, foi unilateralmente interrompido. O governo Dilma, sem atender as reivindicações da categoria, forjou um falso consenso, escolhendo uma entidade, o Proifes, criada e alimentada pela própria lógica política do governo, para assinar um simulacro de acordo que consubstancia um flagrante ato antisindical. Fere a autonomia sindical, na medida em que a única entidade signatária não tem legitimidade – sua posição foi derrotada nas Assembleias de base, inclusive nas IFE onde detém a direção do sindicato - para assinar o acordo, que não atende a melhoria da qualidade da educação, das condições de trabalho, nem valoriza a carreira docente, conforme consta da pauta do movimento em greve. Além disto, o conteúdo deste acordo representa um claro ataque à autonomia universitária e aprofunda ainda mais a desestruturação da carreira. Ao ser assinado com uma entidade sem mandato para tal, que ataca o direito de greve e negocia a revelia da categoria, configura um flagrante golpe aos princípios básicos da negociação e do respeito à organização sindical. Diante disso, o CNG/ANDES-SN ao tempo em que reafirma sua defesa intransigente à democracia sindical, com respeito às decisões pela base, exige que as negociações sejam reabertas e conclama entidades e trabalhadores a repudiarem a forma como o governo, com ajuda de entidades como o Proifes, tem atacado o direito de greve. A greve continua pela reabertura efetiva de negociações!

Sarau em comemoração ao dia do estudante: sexta, dia 10 de agosto.

Professores e técnicos estão convidados para o Sarau dos Estudantes, em comemoração ao dia do Estudante (11), o Movimento Estudantil da UFMS/CPTL realiza nesta sexta (10) um Sarau. Com atividades esportivas e culturais. Na Unidade II, com início as 15h e término as 22h. Contamos com o apoio e a presença de todos, até lá. Seria boa oportunidade para conversarmos sobre os rumos da greve e do ME Sege o link do evento. https://www.facebook.com/events/229422417180487/

terça-feira, 7 de agosto de 2012

DIRETORIA DA ADUFMS REGISTRA NA OAB SUA FALÊNCIA

Prof. Igor Catalão – UFMS/Câmpus do Pantanal Aos 46 dias do início da greve na UFMS, fui surpreendido por uma notícia que me indignou inicialmente, mas que posteriormente me trouxe certa tranquilidade. Refiro-me à notícia divulgada no jornal eletrônico Campo Grande News[1] sobre suposta denúncia feita pela diretoria da ADUFMS à OAB/MS. Transcrevo parte da notícia: “a greve da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), iniciada no dia 21 de junho [sic! A greve começou dia 20], ainda não terminou por conta de divergências e interesses políticos dentro do corpo docente e nos sindicatos envolvidos. A informação é do presidente da entidade, professor Paulo Roberto Haidamus de Oliveira Bastos. Para ele, a negociação avançou com o Governo Federal, mas, as informações foram deturpadas por ‘radicais’, que estariam usando ilegalmente e indevidamente órgãos e o nome do sindicato em diversos meios de divulgação. ‘Confundem a sociedade em nome de seus interesses anacrônicos e antidemocráticos’, disse o professor”. Um leitor desavisado ou um professor que não tem ido às assembleias até poderia julgar que se trata de uma verdade, mas a própria história recente da ADUFMS, especificamente sua atuação durante a greve, é suficiente para demonstrar o contrário. Quando a greve foi deflagrada, foram instituídos comandos de greve em diversos câmpus da Universidade, além de um Comando Estadual de Greve dos Docentes da UFMS, cujo objetivo era coadunar as ações durante o movimento paredista. Desde então, coube, como sempre ocorre, aos comandos de greve a convocação das assembleias, que passaram o ocorrer semanalmente (e mesmo duas vezes por semana). A diretoria da ADUFMS, numa decisão absolutamente antidemocrática e evidentemente desrespeitosa para conosco, resolveu decretar que os comandos de greve eram ilegítimos e que não mais se faria presente. Num dos câmpus (no meu câmpus precisamente), um dos membros do comando de greve era um dos representantes da diretoria da ADUFMS. Pergunto: como, num dado momento, o comando é legítimo para contar com membros da diretoria sindical e, num momento seguinte, não é mais legítimo? Desde o início da greve, são as assembleias que têm debatido a conjuntura da greve e decidido a manutenção desta, inclusive depois de anunciada e efetivada a assinatura de um acordo entre a diretoria do PROIFES (com o apoio apenas da UFRN e de partes da UFSCar e da UFRGS) e o governo. A diretoria da ADUFMS (assim como suas congêneres na UFG, na UFC e na UFBA), ocupada por meros capachos da diretoria do PROIFES, passou a cumprir o dever de casa que lhe foi indicado: boicotar, coibir, denegrir o movimento docente da UFMS, construído à sua revelia. Ora, ora, o senhor Paulo Haidamus, presidente da ADUFMS e secretário do PROIFES, acusa radicais de confundirem a sociedade em nome de seus interesses anacrônicos e antidemocráticos. Quem são esses radicais? São todos os docentes reunidos nas assembleias nos diversos câmpus da UFMS. E quais são esses interesses anacrônicos e antidemocráticos? Reestruturação da carreira, reposição salarial digna e melhoria nas condições de trabalho, ou seja, nada mais que as reivindicações da greve nacional, que o próprio PROIFES dizia defender, mas que rapidamente esqueceu. Mas uma coisa o senhor Paulo Haidamus não pode negar: a diretoria da ADUFMS se ausentou das assembleias convocadas pelos comandos de greve e não convocou nenhuma outra para deliberar sobre o fim ou não da greve, mesmo que o estatuto que rege o sindicato afirme claramente que a assembleia é soberana para decidir sobre deflagração ou fim da greve. E por que razão a diretoria age assim? Porque aqueles que se dizem muito democráticos (Haidamus e companhia) não têm coragem de colocar seu ponto de vista à prova em nossas assembleias, e isso se dá por uma razão óbvia: todas as assembleias até aqui realizadas rejeitaram a proposta do governo e decidiram manter a greve. Se eles estão tão certos de que a maioria dos docentes da UFMS é favorável à proposta infame do governo, por que sumiram? Volto à notícia sobre a tal denúncia à OAB. Sabemos que ela não tem validade legal alguma, chegando até a ser patética. Trata-se nada mais do que de um ato desesperado daqueles que não sabem mais como manipular a informação e as vontades dos professores da UFMS. Como bem disse Eduardo Rolim (presidente do PROIFES), na reunião do dia 1º de agosto com o governo, nós professores não somos gado e sabemos muito bem analisar a situação atual. Sabemos reconhecer, inclusive, que esta entidade, o PROIFES, e a diretoria da ADUFMS por tabela não têm qualquer legitimidade para negociar em nome dos professores, sobretudo porque, segundo decisão do STJ[2], respeitando preceito constitucional, o ANDES-SN é o único representante dos professores universitários federais. Para voltar à questão da greve, nossa recusa, dos professores da UFMS reunidos em assembleia, à proposta do governo é simples: queremos reestruturar a carreira. O que o governo nos ofereceu? Aumento salarial numa carreira praticamente idêntica à atual, salvo algumas pioras. Não é preciso nem desenhar para explicar que laranja não é tangerina. A greve na UFMS não acabou porque entendemos que não houve negociação ainda, houve apenas decisões autoritárias da parte do governo, endossadas pela diretoria do PROIFES e pelas diretorias lacaias dos sindicatos a ela associados, como a diretoria da ADUFMS. Entramos em greve porque o Grupo de Trabalho (GT) criado pelo governo para reestruturar nossa carreira não teve nenhum saldo positivo (nenhum!). Permanecemos em greve porque não queremos, mais uma vez, que questões fundamentais da nossa reivindicação sejam postergadas para novos GTs que não têm garantia alguma de êxito. Agora, num ponto o senhor Haidamus tem razão: a greve ainda não terminou por uma divergência. Nós professores não concordamos com o tipo de universidade e de carreira docente que o governo está tentando nos impor. Ademais, nós não aceitamos decisões de gabinete impostas pelo PROIFES e recusamos sermos manipulados. Temos clareza dos nossos objetivos e estamos lutando por eles.

A GREVE CONTINUA!!!!!!!!!!!

Prof. Hajime Takeuchi Nozaki – ADLeste/Campus de Três Lagoas Publicado no Correio do Estado – em 6/8/2012 O impasse da greve das universidades e institutos federais continua. No dia 1º de agosto, ocorreu outra reunião de negociação entre o governo federal e os grevistas. Ao contrário do que esperavam os professores das universidades e institutos federais de todo país, ao final da reunião, o governo federal, em uma atitude inédita, comunicou o movimento grevista que assinaria o acordo com apenas uma das quatro entidades reunidas à mesa. Considerando a presença do ANDES, SINASEFE, CONDSEF e PROIFES, apenas este último comunicou seu aceite à proposta do governo, respaldado em consulta eletrônica feita a 43 universidades e institutos, que envolveu 5.222 votos. O primeiro questionamento é a respeito da representatividade e da legitimidade desta consulta efetuada pelo PROIFES-Federação. O número de votos computados, 5.222, refere-se a menos do que 5% do total de 110.000 professores ativos registrados na página governamental do portal do servidor. Não se trata somente da quantidade dos consultados, mas, sobretudo, do mecanismo de consulta, em sua maior parte de forma eletrônica (por e-mail, via páginas de internet), sem discussão ou possibilidades de debate. O PROIFES considera com maior vigor a sua consulta eletrônica, do que as assembleias realizadas em suas próprias bases que, a exceção de uma, apontam para a continuidade da greve. Como pode, então, o governo federal assinar acordo com uma entidade que não leva em conta a discussão aprofundada dos professores das universidades e institutos e que, em sua essência, possui apenas representações em 7 universidades federais e 1 instituto federal? Como pode aceitar uma consulta que revela total falta de rigor, considerando-se que entre as 43 instituições consultadas, 23 delas participaram com somente 1 a 5 professores respondendo? É perceptível que o critério utilizado pelo governo federal não é o de legitimidade, mas o da aliança política. O PROIFES é uma espécie de dissidência do ANDES e tem funcionado para selar acordos com o governo nas mesas de negociações. Após a primeira proposta feita na mesa de negociações da greve, o PROIFES, sem alguma consulta às suas bases, elogiou a iniciativa do governo e reivindicou 15 pontos que supostamente atenderiam a categoria docente. Depois, argumentaram que os 15 pontos foram contemplados na segunda proposta e, por isso, mesmo antes da consulta eletrônica, há rumores do final da greve espalhados em todo país. Contudo, a proposta do governo não é o que vem sendo colocado a público, os 4,2 bilhões a mais oferecidos são diluídos ao longo dos 3 anos; os 45% de aumento é para um grupo minúsculo de professores e os demais não terão sequer recomposição salarial em 3 anos de projeção inflacionária medidos pelo DIEESE. Ademais, a greve dos professores não é somente para aumento salarial, mas fundamentalmente para a reestruturação da carreira e das condições de trabalho, que já vêm sendo vilipendiadas ao longo do tempo. Por isso que as 61 assembleias da base do ANDES disseram não à proposta. São justamente as assembleias que irão determinar o final da greve e não os organismos não representativos dos docentes federais. Na UFMS, apenas 172 professores responderam à consulta do PROIFES; número inferior à presença nas assembleias dos diversos campi. Iniciamos a greve por intermédio das assembleias e por meio delas discutiremos e aprovaremos o seu término. Como gritaram os manifestantes do lado de fora da reunião, em Brasília: “A greve é forte! A greve continua!”.

HOJE (07 de agosto): 2ª Assembléia Unificada – Servidores da Educação Federal – Três Lagoas - MS UNIDADE I / UFMS 07 de agosto de 2012 14:00

PAUTA: 1. Esclarecimentos sobre a natureza da Assembleia Unificada 2. Avaliação dos Atos Unificados Realizados 3. Encaminhamentos dos próximos Atos (Cronograma de atividades, etc...) Coletivo de Articulação Política (SISTA, SINASEF, ADLeste) Diretoria da ADLeste-S.Sind (2011-2013)

domingo, 5 de agosto de 2012

ASSEMBLEIA GERAL ADLeste – S. Sind

DIA 06/08/2012 (segunda-feira) HORÁRIO: 13:30h LOCAL: Unidade I do CPTL PAUTA DA ASSEMBLEIA 1. Informes - Mobilizações dos dias 31/07 e 04/08 - Reunião com a Reitoria 03/08 - Reunião do Comando Estadual de Greve 03/08 2. Avaliação do movimento grevista e encaminhamentos (nacional, MS e Três Lagoas) 3. Atividades de mobilização Sugestões do CNG: - 08/08: dia nacional para pressionar as reitorias, afim de que intercedam junto ao governo federal para reabertura de negociações - 09/08: atos em conjunto com os Servidores Públicos Federais (SPF) - Elaborar carta de esclarecimento aos estudantes sobre as razões da continuidade da greve 4. Escolha de delegados ao CNG 5. Diversos Diretoria da ADLeste-S.Sind (2011-2013)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Após dizer que MEC não tem plano B para greve, agência muda texto e omite informação

VEJAM QUE CURIOSO MATÉRIA DO UOL/Educação: Após divulgar texto em que dizia que o MEC (Ministério da Educação) não tem plano B na hipótese de continuidade da greve, a agência de notícias do governo federal mudou título e texto. A Agência Brasil divulgou nesta quinta-feira (2) às 16h55 uma matéria assinada pela repórter Mariana Branco com título “MEC diz não ter plano B em caso de continuidade da greve dos professores”. Às 17h40, o título foi alterado e parte do texto retirado. De acordo com a Agência Brasil, a mudança foi feita após reclamação da assessoria do ministério. A agência decidiu não publicar errata. A parte do texto extraída dizia que a pasta não tem outro plano caso os professores decidam ficar em greve. “[O secretário de Educação Superior do MEC] Amaro Lins e o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marco Antônio de Oliveira, disseram que o governo não tem um plano B na hipótese de os docentes continuarem em greve após a assinatura do acordo com o Proifes [Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior], e que, neste caso, caberia ao Ministério do Planejamento e à AGU (Advocacia-Geral da União) decidir que medidas tomar.” Após a alteração, o texto da agência passou a enfatizar que o MEC considerar legítimo o sindicato com o qual assinou acordo na noite de quarta-feira (1°). Confira abaixo as duas versões da matéria: 1ª versão MEC diz não ter plano B em caso de continuidade da greve dos professores O secretário de Educação Superior do MEC (Ministério da Educação), Amaro Lins, disse hoje (2) que a pasta acredita no fim imediato da greve das universidades, institutos e centros tecnológicos federais. Lins defendeu a legitimidade da Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) para assinar a proposta apresentada pelo governo, que prevê reajustes de 25% a 40% para a categoria. Amaro Lins e o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marco Antônio de Oliveira, disseram que o governo não tem um “plano B” na hipótese de os docentes continuarem em greve após a assinatura do acordo com o Proifes, e que, neste caso, caberia ao Ministério do Planejamento e à AGU (Advocacia-Geral da União) decidir que medidas tomar. “Nós não trabalhamos com esse cenário de continuação indefinida da greve”, disse Oliveira. Segundo ele, havia urgência em chegar ao fim das negociações. “O melhor para nós seria que os três sindicatos da mesa fossem favoráveis [à proposta]. Mas não significa que eles não possam aderir mais tarde. O governo tem por força de lei que enviar o Orçamento [ao Congresso Nacional] até o fim de agosto”. O acordo com o Proifes será assinado hoje no Ministério do Planejamento e posteriormente encaminhado ao Congresso. O presidente do sindicato, Eduardo Rolim, disse acreditar no retorno gradual de todas as universidades às aulas. “O prazo para acordos salariais termina em agosto. Acredito que aos poucos a greve deve se encerrar, com uma retomada expontânea por parte dos professores”. O Proifes representa 20 mil professores de um universo de 130 mil docentes do ensino superior e tecnológico. Destes, 5.222 responderam a uma consulta eletrônica sobre a proposta governamental feita pela entidade. O resultado mostrou que 3.854 (74%) eram favoráveis ao fim da paralisação e 1.322 (25,3%) contrários. Em reunião na noite de ontem (1°), o Proifes aceitou a oferta do governo para pôr fim à greve, enquanto o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) recusaram o acordo e prometeram endurecer a paralisação. Agora, o retorno às aulas dependerá do que os professores votarem em assembleias nos próximos dias. Ligadas ao Proifes, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) decidiram aceitar a proposta do governo e o retorno às aulas será discutido em assembleia. Nas universidades onde o sindicato não tem representatividade, o movimento grevista pode prosseguir. 2ª versão MEC diz que federação de professores tem legitimidade para assinar acordo O secretário de Educação Superior do MEC (Ministério da Educação), Amaro Lins, disse hoje (2) que a pasta acredita no fim imediato da greve das universidades, institutos e centros tecnológicos federais. Lins defendeu a legitimidade da Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) para assinar a proposta apresentada pelo governo, que prevê reajustes de 25% a 40% para a categoria. “Nós não trabalhamos com esse cenário de continuação indefinida da greve”, disse Oliveira. Segundo ele, havia urgência em chegar ao fim das negociações. “O melhor para nós seria que os três sindicatos da mesa fossem favoráveis [à proposta]. Mas não significa que eles não possam aderir mais tarde. O governo tem por força de lei que enviar o Orçamento [ao Congresso Nacional] até o fim de agosto”. O acordo com o Proifes será assinado hoje no Ministério do Planejamento e posteriormente encaminhado ao Congresso. O presidente do sindicato, Eduardo Rolim, disse acreditar no retorno gradual de todas as universidades às aulas. “O prazo para acordos salariais termina em agosto. Acredito que aos poucos a greve deve se encerrar, com uma retomada expontânea por parte dos professores”. O Proifes representa 20 mil professores de um universo de 130 mil docentes do ensino superior e tecnológico. Destes, 5.222 responderam a uma consulta eletrônica sobre a proposta governamental feita pela entidade. O resultado mostrou que 3.854 (74%) eram favoráveis ao fim da paralisação e 1.322 (25,3%) contrários. Em reunião na noite de ontem (1°), o Proifes aceitou a oferta do governo para pôr fim à greve, enquanto o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) recusaram o acordo e prometeram endurecer a paralisação. Agora, o retorno às aulas dependerá do que os professores votarem em assembleias nos próximos dias. Ligadas ao Proifes, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) decidiram aceitar a proposta do governo e o retorno às aulas será discutido em assembleia. Nas universidades onde o sindicato não tem representatividade, o movimento grevista pode prosseguir.

Aprendamos com o operário de Viníicus de Moraes (1956) ou de como os "sindicalistas pelegos" do PROIFES reagiriam a proposta do diabo?

O blog não permite a formatação correta do poema, quem quiser que o procure em melhor apresentação na internet mesmo. Mas aí vai: O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo: — Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: — Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás (Lucas, cap. IV, versículos 5-8). Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão. Como um pássaro sem asas Ele subia com as asas Que lhe brotavam da mão. Mas tudo desconhecia De sua grande missão: Não sabia por exemplo Que a casa de um homem é um templo Um templo sem religião Como tampouco sabia Que a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era a sua escravidão. De fato como podia Um operário em construção Compreender porque um tijolo Valia mais do que um pão? Tijolos ele empilhava Com pá, cimento e esquadria Quanto ao pão, ele o comia Mas fosse comer tijolo! E assim o operário ia Com suor e com cimento Erguendo uma casa aqui Adiante um apartamento Além uma igreja, à frente Um quartel e uma prisão: Prisão de que sofreria Não fosse eventualmente Um operário em construcão. Mas ele desconhecia Esse fato extraordinário: Que o operário faz a coisa E a coisa faz o operário. De forma que, certo dia À mesa, ao cortar o pão O operário foi tomado De uma subita emoção Ao constatar assombrado Que tudo naquela mesa - Garrafa, prato, facão Era ele quem fazia Ele, um humilde operário Um operário em construção. Olhou em torno: a gamela Banco, enxerga, caldeirão Vidro, parede, janela Casa, cidade, nação! Tudo, tudo o que existia Era ele quem os fazia Ele, um humilde operário Um operário que sabia Exercer a profissão. Ah, homens de pensamento Nao sabereis nunca o quanto Aquele humilde operário Soube naquele momento Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara Um mundo novo nascia De que sequer suspeitava. O operário emocionado Olhou sua propria mão Sua rude mão de operário De operário em construção E olhando bem para ela Teve um segundo a impressão De que não havia no mundo Coisa que fosse mais bela. Foi dentro dessa compreensão Desse instante solitário Que, tal sua construção Cresceu também o operário Cresceu em alto e profundo Em largo e no coração E como tudo que cresce Ele nao cresceu em vão Pois além do que sabia - Excercer a profissão - O operário adquiriu Uma nova dimensão: A dimensão da poesia. E um fato novo se viu Que a todos admirava: O que o operário dizia Outro operário escutava. E foi assim que o operário Do edificio em construção Que sempre dizia "sim" Começou a dizer "não" E aprendeu a notar coisas A que nao dava atenção: Notou que sua marmita Era o prato do patrão Que sua cerveja preta Era o uisque do patrão Que seu macacão de zuarte Era o terno do patrão Que o casebre onde morava Era a mansão do patrão Que seus dois pés andarilhos Eram as rodas do patrão Que a dureza do seu dia Era a noite do patrão Que sua imensa fadiga Era amiga do patrão. E o operário disse: Não! E o operário fez-se forte Na sua resolução Como era de se esperar As bocas da delação Comecaram a dizer coisas Aos ouvidos do patrão Mas o patrão não queria Nenhuma preocupação. - "Convençam-no" do contrário Disse ele sobre o operário E ao dizer isto sorria. Dia seguinte o operário Ao sair da construção Viu-se súbito cercado Dos homens da delação E sofreu por destinado Sua primeira agressão Teve seu rosto cuspido Teve seu braço quebrado Mas quando foi perguntado O operário disse: Não! Em vão sofrera o operário Sua primeira agressão Muitas outras seguiram Muitas outras seguirão Porém, por imprescindível Ao edificio em construção Seu trabalho prosseguia E todo o seu sofrimento Misturava-se ao cimento Da construção que crescia. Sentindo que a violência Não dobraria o operário Um dia tentou o patrão Dobrá-lo de modo contrário De sorte que o foi levando Ao alto da construção E num momento de tempo Mostrou-lhe toda a região E apontando-a ao operário Fez-lhe esta declaração: - Dar-te-ei todo esse poder E a sua satisfação Porque a mim me foi entregue E dou-o a quem quiser. Dou-te tempo de lazer Dou-te tempo de mulher Portanto, tudo o que ver Será teu se me adorares E, ainda mais, se abandonares O que te faz dizer não. Disse e fitou o operário Que olhava e refletia Mas o que via o operário O patrão nunca veria O operário via casas E dentro das estruturas Via coisas, objetos Produtos, manufaturas. Via tudo o que fazia O lucro do seu patrão E em cada coisa que via Misteriosamente havia A marca de sua mão. E o operário disse: Não! - Loucura! - gritou o patrão Nao vês o que te dou eu? - Mentira! - disse o operário Não podes dar-me o que é meu. E um grande silêncio fez-se Dentro do seu coração Um silêncio de martirios Um silêncio de prisão. Um silêncio povoado De pedidos de perdão Um silêncio apavorado Com o medo em solidão Um silêncio de torturas E gritos de maldição Um silêncio de fraturas A se arrastarem no chão E o operário ouviu a voz De todos os seus irmãos Os seus irmãos que morreram Por outros que viverão Uma esperança sincera Cresceu no seu coração E dentro da tarde mansa Agigantou-se a razão De um homem pobre e esquecido Razão porém que fizera Em operário construido O operário em construção

RELATO DO CNG ANDES DA ÚLTIMA REUNIÃO COM O GOVERNO

1 COMUNICADO ESPECIAL 02/08/2012 INFORME DA REUNIÃO NA SRT/MPOG DO DIA 01 DE AGOSTO DE 2012 Presentes: CNG/ANDES-SN (Marinalva, Schuch, Marina, Fausto, Benedito, Vera, Claudia, Ana), CNG/SINASEFE, CONDSEF, PROIFES, GOVERNO (SRT/MPOG Secretário Sergio Mendonça, Marcela, Edina; SESU/MEC Secretário Amaro Lins e Dulce; SETEC/MEC Secretário Marco Antônio e Aléssio). A reunião estava prevista para às 19:00h, porém, iniciou as 19h30. Sérgio Mendonça abriu a mesa afirmando que quase tudo já tinha sido conversado e que para eles a proposta apresentada no dia 24 tinha um caráter quase definitivo mas que, apesar de já terem informações sobre o que estava acontecendo, gostaria de ouvir as entidades. Pelo ANDES-SN falaram Marinalva e Schuch. Marinalva informou o resultado das 61 AGs realizadas no país e que pela segunda vez os professores de todas as Universidades rejeitaram a proposta do governo. Apresentou os motivos e ressaltou que era necessário ser estabelecida negociação também sobre o segundo ponto da pauta - condições de trabalho - que até hoje nada tinha sido encaminhado sobre esse ponto que, para os professores, é também fundamental. Encerrou afirmando que a categoria tem disposição para continuar a negociação e efetivar de fato o processo para dialogar com o governo. O Schuch apresentou a bancada do ANDES-SN na mesa e afirmou que na compreensão da categoria é necessário dialogar sobre a estrutura da carreira e que ainda estamos esperando pela planilha sobre os salários dos professores e que ainda não foi enviada conforme haviam se comprometido. Reafirmou a nossa disposição em negociar, mas que seja sobre a estruturação lógica da carreira e que não há disposição da categoria para discutir em GT questões relativas a direitos e que as polêmicas devem ser enfrentadas na mesa e serem incluídas na lei e não serem jogadas para um GT. Reafirmou que a proposta do governo não valoriza a titulação pois apresenta valores nominais desorganizados e que o regime de trabalho há quase 30 anos é estruturado sendo 40h o dobro de 20h e DE em 210% acima de 20h. Encerrou reafirmando a disposição da categoria em continuar o processo de negociação. Em seguida foi o SINASEFE que se manifestou afirmando que nos 254 campi que estão em greve a categoria rejeitou pela segunda vez a proposta do governo e que deliberaram que não abrirão mão de direitos já conquistados. Que são contrários a certificação, que defendem o interstício de 18 meses e que todos os docentes possam chegar ao topo da carreira independente da titulação. Ressaltaram ainda o fato do governo não apresentar nenhuma proposta de capacitação e que na carreira de EBTT são 16 mil docentes graduados ou especialistas. Questionaram que dessa forma o tempo para a formação levaria 20 anos. Questionaram também a proposta do GT e que vários pontos estão muito obscuros. Reafirmaram que querem sim negociar mas não dá para endossar essa proposta e que nenhum sindicato assina proposta que traz mais prejuízo a categoria e que eles representam duas categorias e que jamais 2 assinariam um acordo sem que a outra categoria estivesse contemplada já que o governo não abriu negociação para tratar dos técnicos. Posteriormente foi a vez do Proifes que informou sobre a realização de uma consulta eletrônica com a participação de 5.222 professores de todo o país de 43 Instituições federais sendo 36 Universidades e 7 Institutos Federais) e que 3.864 professores (74%) responderam que o Proifes deveria assinar o acordo com o governo. Ressaltaram ainda que o governo atendeu os 15 pontos por eles apresentados destacando que o governo foi sensível em atender o reajuste mínimo de 25% e que entendem ser esse o melhor salário a ser concedido diante da crise financeira internacional e ainda que a barreira da progressão foi retirada. Consideram também importante a estrutura da carreira em classes e níveis e também que sejam duas carreiras, pois os professores tem características diferentes e que são favoráveis a certificação proposta pelo governo e que o GT será também importante para a continuidade do processo. Portanto, com base na manifestação dos professores de todo o país por eles consultados estão autorizados a assinarem o termo de acordo com o governo. Por fim foi a vez do representante da CONDSEF (que representa professores dos antigos territórios federais) que se manifestou reafirmando as falas do ANDES-SN e do SINASEFE e informou que em consulta as suas bases em Assembleias Gerais realizadas com toda a categoria, por unanimidade, rejeitou a proposta do governo por retirar direitos já conquistados. Ao retomar a fala o Secretário recebeu um telefonema e, em seguida, solicitou um intervalo de 10 minutos para que pudesse conversar com a bancada do governo sobre o telefonema. Após uns 15 minutos, retornou à mesa e iniciou informando que tinha uma notícia importante a dar que era o fato de ter sido autorizado a abrir negociações com os sindicatos dos técnicos-administrativos e que após consulta às entidades pretendia reunir já na próxima segunda-feira. Em seguida, afirmou que ouviram o que aconteceu de segunda feira para cá e que já tinham ideia do que aconteceria e que o objetivo então era encaminhar para o desfecho como negociador do governo. Afirmou que estava com sentimento de ambiguidade e que não chegou a um ponto de equilíbrio para um desfecho ideal. Depois de todo esse processo longo de negociação preferia que tivesse um retorno favorável e viu que isso não foi possível. Três entidades são contrárias e 1 a favor da proposta do governo. Em seguida afirmou: “Não posso estar feliz com esse resultado, no entanto, esse processo é difícil e complexo, pois não se dá apenas aqui, mas essa bancada sai daqui e negocia por dentro do governo. Uma das questões mais valiosas nesse processo é o limite orçamentário e que chegamos ao limite de 4,2 bilhões. Temos uma situação peculiar nessa negociação, pois não temos um sistema de negociação coletiva. Não temos um tipo de representação para que a partir do passo que vamos dar possamos estar garantidos do que acontecerá no dia seguinte como uma greve no setor privado. Aqui tem elementos de incertezas que são razoáveis”. Em seguida, continuou: “Portanto, diante da aceitação do Proifes, queremos sim fazer o acordo, se possível ainda amanhã, pois ainda não temos o termo de acordo pronto para ser assinado. Respeitamos a dinâmica das outras entidades em relação à rejeição. Sabemos que a 3 proposta não é perfeita e reconhecemos os problemas, mas o conjunto de injunções nos permitiu chegar a isso. Não temos como avançar nem em relação à estrutura nem em relação ao montante de recursos. Convidamos, a despeitos das críticas, as entidades a aderirem ao acordo no momento que julgarem necessário. Pode ser amanhã, ou depois de amanhã, ou daqui a semanas. Vamos estruturar um PL com a proposta daqui e encaminhar até o dia 31 de agosto ao Congresso Nacional. Seria mais fácil se todas as entidades tivessem acordado. Como não há esse acordo será mais difícil a negociação no Congresso Nacional. Enfim que as entidades tenham o tempo que julgarem necessário para participar mais para frente desse acordo. Queremos dar um desfecho nesse momento à negociação”. Após a fala do Sergio Mendonça as três entidades (Sinasefe, ANDES e Condsef) se manifestaram protestando e lamentaram que o governo tenha optado por atender as demandas de uma entidade que não tem representatividade das bases. Lamentaram também que o governo tenha encerrado as negociações e que a consequência disso não pertence às entidades, mas a todos os trabalhadores. Marinalva afirmou de forma categórica que o governo não estava assinando acordo com a categoria docente e que estão desconsiderando todos os resultados das AGs. Marina ao se manifestar afirmou que o Sérgio Mendonça estava introduzindo uma inovação nos processos de negociação para menos, já que ignora resultados de AGs, e que nosso sindicato sempre se recusou a assinar acordo que represente prejuízos para a categoria, que retiram direitos conquistados. Ressaltou ainda que com essa proposta o governo também “rifa” os aposentados, mas como a Marcela Tapajós vem dizendo nas mesas, “quem se aposenta, aposentou-se”, ou seja, os aposentados não preocupam o governo. Afirmou, ainda que a proposta do governo representa um projeto de universidade e de educação, que exige outro tipo de trabalhador o qual deve se adequar a esse projeto e é nesse perfil que se desconstrói a carreira. Por fim, afirmou que tem muita tranquilidade em relação ao que está acontecendo nessa mesa e que quem irá decidir o que faremos é a categoria, em Assembleias Gerais, e o ANDES encaminhará a decisão da mesma forma, como historicamente tem feito. O Proifes rebateu as acusações que as entidades fizeram a eles e afirmaram que têm autoridade dada pela categoria docente e esperam assinar logo esse acordo como o fizeram em 2007 e que irão defender o PL no Congresso Nacional. O CNG ANDES-SN segue elaborando

VALE A LEITURA....O SABOR DA GREVE

GREVE... COM SABOR AGRIDOCE Por Lucimar Rosa Dias lucimar_dias@uol.com.br Professora da UFMS Fizemos uma vigília enquanto ocorria a reunião do governo com os sindicatos que representam universidades, institutos federais e técnicos, foi um momento impar entre nós. Conversamos... Comemos, nossos filhos brincavam ao nosso redor e acendemos velas – simbolicamente luzes para iluminar os corações e mentes do governo. Éramos poucos, mas fortes, felizes. Foi muito bom. Porém hoje passei o dia inteiro tentando entender porque um governo que se construiu a partir das lutas da década de 80 que rompiam com a ditadura, acabou nas mãos de uma burocrata, originaria da pequena burguesia e que para tentar por fim a greve dos servidores federais utiliza os mesmos métodos dos algozes de dantes, agora, disfarçados de democratas. O governo negociou na espreita, em surdina com os sempre de plantão “capitães do mato” de certos sindicatos, os pelegos, como diriam os trabalhadores de 80. Tem usado a grande imprensa, para mentir aos cidadãos de bem sobre o que está acontecendo. Encurrala os que bravamente lutam pelo bem, neste caso, por uma universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. A sensação é estranha... Na minha cabeça um turbilhão de pensamentos, dá-me tonturas, vem-me um gosto acre, dá-me enjoo, vontade de pronunciar os nomes mais atrozes para me libertar dessas sensações ruins. Penso nos colegas que aceitaram esta proposta espúria, a mim me parece aquele acordo entre o diabo que lhes pede a alma em troca de um nada que parece muito. Aceitaram um acordo medíocre que os desvalorizam como profissionais, que implicam em continuar a trabalhar com péssimas condições materiais, que destrói a carreira universitária e a maioria nem mesmo obterá os ganhos do acordo marginal, pois este, certamente só o núcleo duro vai por as mãos e assim mesmo, sentem-se partícipes do processo, o enjoo aumenta... No entanto, de repente começo a pensar que a alma (e o corpo) desses sujeitos não vale lá grande coisa e são merecedores da migalha oferecida. E penso em coisas melhores... No avanço do sindicalismo sério e democrático onde trabalho, nos jovens professores e técnicos do instituto federal da minha cidade que estão começando a carreira de cabeça erguida e sabem-se merecedores de respeito. Penso nos nossos alunos que estão tendo a maior lição que poderíamos dar-lhes: aprendam a lutar pelo que consideram justo. Não esperem, faça a hora. E, sobretudo penso no meu filho e nos filhos dos outros colegas que têm feito a greve forte. Eles nos acompanham, veem o que estamos fazendo e certamente aprendem que mesmo diante da truculência do poder, é necessário resistir... Então me parece que há também um sabor doce, neste acre momento.

CARTA DO COMANDO ESTADUAL DE GREVE AOS DOCENTE DA UFMS

1) Lugar de onde falamos O Comando Estadual de Greve dos Docentes da UFMS foi constituído a partir de uma reunião no campus de Aquidauana no dia 06/06/2012, portanto dias antes da deflagração da greve pela ADLeste (12/06) e pela ADUFMS (20/06). Após a deflagração da greve, as assembleias locais indicaram os membros que comporiam o Comando, compreendendo inicialmente as faculdades e centros de Campo Grande e os Câmpus de Aquidauana, do Pantanal e de Três Lagoas. Posteriormente O Campus de Coxim também se incorporou ao Comando Estadual. Desde então, o Comando Estadual fez seis reuniões itinerantes nesses campi, abertas à participação da comunidade acadêmica, contando em alguns casos com a participação de representantes do IFMS. O Comando também manteve contato telefônico e por e-mail com professores e os comandos locais dos demais campi da UFMS. Fizemo-nos representar no Comando Nacional de Greve em Brasília, com três professores que se revezaram na dura tarefa de debater o movimento em nível nacional e colocar a UFMS no mapa da greve. Todas essas ações foram amplamente comunicadas por meio de relatórios enviados por e-mail e lidos em assembleias locais. O objetivo deste Comando Estadual, desde o início, foi a construção da greve de forma unificada entre os diversos campi, pois compreendemos que a UFMS é única e que o movimento é nacional, o que exige discussões e tomadas de decisões conjuntas e não isoladas. O objetivo, também, é o de discutir um ponto específico da pauta nacional, as “condições de trabalho”, para cobrar da reitoria da UFMS melhorias aos campi e mudanças estruturais na administração. Neste sentido, fizemos uma reunião com a reitora e estamos agendando outro encontro com a administração central, além de cobrar posições do COEG e do COUN quanto à ameaça de corte de ponto e aos remanejamentos necessários no calendário acadêmico. Portanto, legitimamo-nos, primeiro, na luta contra o marasmo de mais de uma década imposto por direções sindicais que se confundem com a administração universitária, que se encastelaram na Associação dos Docentes da UFMS e governam a associação como uma empresa privada. Legitimamo-nos, em seguida, na luta pela construção da greve na UFMS, contra a vontade desta mesma direção que acompanhou os ditames do PROIFES. Legitimamo-nos, ainda, porque todas essas nossas ações foram construídas na base dos docentes, em embates presenciais em assembleias e reuniões diversas, em passagens nas salas de aula dialogando com docentes, discentes e técnicos. Não tivemos receio de nos expor porque sabíamos, desde o início, que não estávamos sozinhos, pois as reações ao marasmo brotavam em terra fértil. É deste lugar que falamos, caros professores! 2) A quem nos dirigimos Nossa fala é para todos os docentes da UFMS, todavia gostaríamos que repercutisse especialmente entre aqueles professores que, independentemente do motivo, estão propensos a tomar uma decisão importante e crucial para o movimento docente, por meios que acreditamos não condizerem com a democracia sindical, pois desrespeitam os companheiros que estão mobilizados há mais de 40 dias, construindo passeatas, panfletagens, dialogando com a população nas ruas, praças e por meio da imprensa, reunindo-se em assembleias e comandos. Dirigimo-nos, também, aos presentes nas assembleias que serão realizadas nos dias 30 e 31 de julho em Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim e Três Lagoas. Sabemos que os ecos desta fala chegarão aos ouvidos dos que se encastelam nos gabinetes da ADUFMS/PROIFES. Não são nossos interlocutores principais, admitimos, mas podemos considerá-los se assim o quiserem. 3) O porquê desta fala Recebemos, da pior forma possível, a notícia de que o esforço empreendido em prol da construção da greve está sendo vilipendiado. A entidade que representa a maioria dos docentes da UFMS, a ADUFMS, sem qualquer consulta às bases, enviou uma proposta de plebiscito, ou pesquisa aos associados, seguindo orientação do fórum sindical PROIFES, cujo Presidente, Eduardo Rolim, depois de sair da reunião com o governo, já havia declarado, em rede nacional, que o governo havia atendido aos anseios da categoria, indicando que, por isso, aceitaríamos a sua proposta feita. Antes do plebiscito (ou pesquisa, ou consulta) decidido a portas fechadas, houve, em três universidades (e em dois campi da UFMS: Pantanal e Aquidauana), assembleias. Em duas delas (e nos referidos campi da UFMS), houve recusa ao indicativo do PROIFES de aceitar a proposta de carreira do governo e voltar ao trabalho (UFG e UFBA) e apenas a UFSCar aprovou tal indicativo. O site do PROIFES, todavia, só divulgou o resultado da UFSCar. Como o PROIFES deliberou que seria uma ampla consulta, resolveu enviar o e-mail propondo-a também para outras universidades que não compõem sua base, como, por exemplo, a UFRJ. 4) A posição do Comando Estadual Nós, do Comando Estadual, entendemos que nosso principal argumento é a coerência e honestidade com que a greve tem sido conduzida até o momento, respeitando os resultados das assembleias, sendo objetivo, transparente e democrático com todos, independentemente das posições, dos nossos colegas, relativas à greve. Não escamoteamos, não mentimos, não postergamos. Todas nossas ações, divulgadas amplamente, respeitam as decisões de assembleias e ou são previamente colocadas à aprovação das assembleias. Há mais de um mês (40 dias), estamos lutando pela coerência na condução da greve, com prejuízos pessoais e profissionais, abdicando inclusive das férias para que a UFMS fosse devidamente representada. Não por reuniões de gabinete, com café, água e biscoitos, mas sim pela boa e velha militância política e sindical. Fomos, ao longo desse tempo, respeitados em todas as instâncias, pelos nossos colegas professores, os técnicos, os estudantes e os companheiros do Instituto Federal em greve. O histórico mostra a greve como um querer dos professores, e não de nossa entidade sindical. Nós professores, portanto, por meio das nossas decisões, temos resolvido o que queremos quanto à greve ou quanto à não greve nas assembleias. Seguimos uma cartilha da greve, permitindo o debate, o funcionamento mínimo da universidade em áreas sensíveis e, inclusive, respeitando a decisão daqueles que não quiseram fazer ou apoiar a greve. Continuaremos, de forma coerente, repudiando qualquer tentativa de afronta ou golpe ao esforço de construção de um debate coletivo que empreendemos. Nesse sentido, não é a ideia de plebiscito, pesquisa de opinião ou qualquer outra coisa que nos afronta, mas sim o desrespeito com que estamos sendo tratados, por uma decisão antiética, antidemocrática, de gabinete, pela postura com que foi tomada, ignorando nosso esforço coletivo. Pelo exposto acima, solicitamos a todos os docentes que: 1- Participem das assembleias; 2 - Respeitem o resultado das assembleias; 3 – Acompanhe as deliberações das assembleias (para aqueles que por qualquer motivo não possam comparecer) e as análises e recomendações dos comandos de greve (locais e estadual) por e-mail e nos blogs do movimento; 4 – Participe das ações de greve; 5 – Participe da vigília e do tuitaço no dia 01/08, às 21hs, quando o CNG estará, mais uma vez com o governo na mesa de negociação: HASHTAG #falaSerioMercadante A GREVE É FORTE! A LUTA É AGORA! Respeitosamente, Comando Estadual de Greve Unificado (UFMS)

MOÇÃO DE REPÚDIO DA ADLESTE contra as ações do PROIFES e da direção da ADUFMS

MOÇÃO DE REPÚDIO Nós, professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Três Lagoas, reunidos em assembleia do Comando Local de Greve da ADLesteS.Sind., no dia 30 de julho de 2012, e considerando que constituímos o corpo docente desta Universidade juntamente com colegas dos demais campi, repudiamos: 1. A ação do PROIFES-Federação em protocolar junto ao MEC e MPOG quinze itens de reivindicações sem qualquer consulta às bases, bem como a declaração pública de que tais itens já teriam sido contemplados na proposta lançada pelo governo federal em 24 de julho de 2012; 2. A ação da ADUFMS de desrespeito às várias assembleias de Comandos Locais dos campi da UFMS, ao não levar em conta suas decisões soberanas e encaminhar consulta eletrônica aos professores filiados a respeito da supracitada proposta. Reivindicamos, com isto, a democracia sindical, baseada na soberania das decisões coletivas tomadas em assembleias gerais com ampla discussão. Reivindicamos ainda o princípio da legitimidade, no qual os dirigentes sindicais só estão autorizados a representar seus filiados a partir de decisões diretas de sua base, seja para acatar propostas em mesas de negociação, seja para formulá-las como contrapontos às propostas recebidas. Pela autonomia de nossas assembleias e respeito às nossas decisões! Três Lagoas, 30 de julho de 2012.

Deu no UOL: Governo não altera proposta para professores universitários e enviará projeto ao Congresso

A notícia abaixo é para manter os leitores do blog informados. Na próxima semana, os professores da UFMS se reunirão em assembleias. A GREVE CONTINUA! Sem ceder às pressões dos professores das universidades e dos institutos federais, o governo enviará ao Congresso Nacional a proposta de reajuste salarial e de reestruturação do plano de carreira apresentada na semana passada. O anúncio ocorreu hoje (1º) à noite depois de quase três horas de reunião no Ministério do Planejamento e representantes das entidades da categoria, em greve há 77 dias. Das quatro entidades que representam os docentes federais de ensino superior, três se recusaram a firmar acordo com o governo. Apenas a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) aceitou a proposta, que prevê reajustes de 25% a 40% e diminuição do número de níveis de carreira de 17 para 13. Amanhã (2), o Proifes assinará o acordo com o governo que ratifica o fim das negociações. O governo não pretende atender a reivindicações adicionais. “Chegamos ao limite do que achávamos possível. Os ajustes já ocorreram ao longo das discussões. A proposta é boa, adequada e tem impacto de R$ 4,2 bilhões no Orçamento”, declarou o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, disse acreditar que, a partir da próxima semana, as universidades federais começarão a retomar as atividades. No entanto, as três entidades que se recusaram a ratificar o acordo pretendem continuar com a greve. “Infelizmente, governo escolheu um lado para assinar o acordo. Vamos continuar firmes na greve e vamos intensificar a luta porque a indignação da categoria vai crescer muito”, destacou a presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira. Segundo ela, o governo se recusou a negociar outras reivindicações da categoria, como a remoção de barreiras para a progressão no plano de carreira e a melhoria das condições de trabalho. O coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Gutemberg de Almeida, também criticou o que considera intransigência do governo. “Ao anunciar que vai assinar um acordo com uma entidade que não representa a maioria dos docentes, o governo ignora a categoria. Não compactuamos com esse tipo de postura, que contraria uma promessa de campanha do governo Dilma, que é a valorização da educação”. Além da Andes e do Sinasefe, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) rejeitou a proposta. O presidente do Proifes, Eduardo Rolim de Oliveira, rechaçou as alegações de que a entidade não representa os docentes de nível superior. Segundo ele, a federação participou da assinatura de dois acordos, em 2007 e no ano passado. “O acordo de 2007 foi o melhor que os professores tiveram até hoje”. De acordo com Oliveira, os professores conseguiram alcançar conquistas significantes com a greve, como o reajuste mínimo de 25% e a diminuição dos níveis de carreira. Ele apresentou uma pesquisa do Proifes com 5,2 mil professores de 43 universidades e institutos federais na qual 74,3% dos entrevistados responderam favoravelmente à proposta

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

LUAU HOJE 01/08/2012 NO CAMPUS I DA UFMS A PARTIR DAS 19 HORAS

Professores, Alunos, Técnicos Administrativos, da UFMS e IFMS farão um luau hoje, convidamos todos a participar do luau, tragam velas... contamos com a participação de todos.

CARREATA DE PROFESSORES E TÉCNICOS DO IFMS E DA UFMS REÚNE MAIS DE 200 E É DESTAQUE NA MÍDIA LOCAL

Ontem pela manhã realizamos a maior manifestação do nosso movimento até agora, cerca de 200 pessoas e mais de 80 automóveis percorreram as ruas da cidade. A atividade foi destaque nos principais jornais da cidade. O HOJEMS e o JORNAL DO POVO deram capa para o assunto e o foco foram melhores condições de trabalho para técnicos/administrativos e professores da IFMS e da UFMS. A greve é forte! A luta é agora!