terça-feira, 31 de julho de 2012

Nosso blog é citado pela APUB (associado ao PROIFES)!

Ora vejam, nosso blog é citado pela APUB, associação ligada ao PROIFES como exemplo de orquestração do ANDES contra a democracia do PROIFES! Eles nos citam (vejam abaixo) e pedem que seus leitores leiam nosso blog dizendo que "tudo que é aprovado na Bahia é aprovado também em Goiás e MS! O editores do BLOG agradecem a propaganda e querem dizer que se divertiram muito com a acusação de suposta orquestração. Nosso blog foi o primeiro a ser formado no contexto da greve na UFMS iniciada pela ADLESTE, com muito orgulho filiada ao ANDES como a maioria dos sindicatos docentes do ensino superior no Brasil. Nascemos da letargia da direção da ADUFMS em organizar os professores na UFMS. Aqui em Três Lagoas, nossos estudantes vão lembrar que disseram inicialmente que a greve era coisa de uma "minoria radical". Perguntamos agora: quem é minoria na greve, apesar do apoio do governo e dos meios de comunicação da burguesia? Vejam o trecho no site da APUB: 3. Esta ação não é isolada, mas organizada como um movimento de oposição também em outros dois estados: Goiás e Mato Grosso do Sul. Tudo que é aprovado nas assembleias aqui, também é aprovado naqueles dois estados vinculados ao PROIFES Federaçao, o que configura um movimento político orquestrado pela Andes, em busca da reconquista desses sindicatos, uma ação absolutamente fora de tempo, que, sem dúvida, desloca o foco da unidade da luta em torno de nossas reivindicações. Tirem suas dúvidas em: http://comandogrevedocentesufba.blogspot.com.br/ http://greveufg.blogspot.com.br/ http://greveufms2012.blogspot.com.br/ Fonte: www.apub.org.br Assina esse post: Prof. Lourival dos Santos (História/CPTL)

RECOMENDAÇÕES DO COMANDO ESTADUAL DE GREVE DA UFMS EM RELAÇÃO AO PLEBISCITO

Considerando que o prazo final para a votação por plebiscito, convocado pelo PROIFES/ADUFMS, é quarta-feira, dia 1 de agosto, às 17h: Recomendamos que ninguém vote até a realização das assembleias locais que ocorrerão nos seguintes campi e dias: Aquidauana, Campo Grande, Coxim e Três Lagoas (segunda-feira) Corumbá (terça-feira) Nas assembleias será discutido o ponto: - Plebiscito apresentado pela ADUFMS/PROIFES Comando Estadual de Greve Unificado

DELIBERAÇÕES DA ÚLTIMA REUNIÃO DOS DOCENTES DO CPTL

ENCAMINHAMENTOS PARA MESA DE NEGOCIAÇÕES DO GOVERNO: a) Priorizar a discussão do plano de carreira e das condições de trabalho evitando que sejam remetidas para discussão em GTs posteriormente, reafirmando a proposta de carreira do ANDES-SN; b) Centralizar o debate acerca da precarização das condições de trabalho e da expansão irresponsável dos cursos, campi e universidades a partir da lógica do REUNI; c) Defesa contra o ataque à autonomia universitária; d) Defesa contra as diferenciações na carreira; e) Defesa de que não há reajuste significativo nem aumento real de salário; f) Não aceitar o escalonamento proposto (2013 a 2015), tendo em vista que o compromisso acordado era, em agosto de 2011, para vigência a partir de março de 2012. Logo, a proposta é para que haja a implementação imediata do plano de carreira; g) Colocar na mesa os gastos do governo que comprometem as negociações (gastos com a dívida pública não auditorados, PROUNI, FIES, Medida Provisória 559, etc.); Os professores recusaram por unanimidade a proposta do governo e deliberam pela manutenção e intensificação da greve, tendo como referência posterior às deliberações do Comando Nacional de Greve.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Governo apresenta mais do mesmo: desestruturação da carreira

Último informe do comando nacional de greve (CNG) divulgado na página do ANDES-SN: O governo apresentou às entidades do movimento docente, na tarde desta terça-feira (24/07), mudanças pontuais na proposta da reunião do dia 13/07. Em sua essência, o texto mantém a desestruturação da carreira docente, pois propõe pequenas mudanças relativas à promoção na carreira docente e às tabelas salariais correspondentes. A expectativa, no entanto, era que o governo absorvesse as críticas feitas pelo Comando Nacional de Greve à proposta anterior e apresentasse nova proposta que, de fato, atendesse às nossas reivindicações. Em uma tentativa de dispersar nossa luta, o governo ainda sugere transferir para Grupos de Trabalho questões centrais que ameaçam o trabalho docente e o projeto de universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Ao mesmo tempo em que ocorre a maior greve da educação federal, irresponsavelmente, o ministro Aloizio Mercadante embarcou para Londres na comitiva da presidente Dilma. Enquanto isso, o CNG-ANDES/SN segue trabalhando para avançar nas negociações e está elaborando uma análise da proposta do governo para subsidiar as avaliações e deliberações em nova rodada de assembleias gerais nas IFE em todo o país entre quinta e segunda-feira para manter e fortalecer a greve. NOVA RODADA DE ASSEMBLEIAS GERAIS DE QUINTA ATÉ SEGUNDA- FEIRA, ATÉ AS 19H, PARA ENVIO DO RESULTADO E DAS ATAS cngandes@andes.org.br TUITAÇO HASHTAG #falaSerioMercadante A GREVE É FORTE! A LUTA É AGORA! CNG/ANDES-SN, 25 DE JULHO DE 2012

Greve na UFMS/CPTL na mídia local

Segue o link de matéria sobre a greve no CPTL que saiu no perfil news: http://www.perfilnews.com.br/tres-lagoas/em-greve-ha-44-dias-ufms-programa-carreata-e-aula-na-praca

O PROIFES, a segunda proposta do governo e as "bases"

Caros colegas da UFMS, Fui dormir hipertarde ontem lendo e relendo a proposta do governo e os poucos relatos do Proifes e do Andes que saíram depois da reunião. Acordei hoje e continuei nesse trabalho, além de acompanhar os fóruns e blogs que tratam da greve. A primeira coisa para a qual eu chamo a atenção é: a greve é por "salário" ou por "carreira e condições de trabalho"? Pergunto isso porque as três últimas reuniões com o governo (13, 23 e 24/07) tiveram conotação quase que exclusivamente salarial, digo quase porque houve leve menção em ajustes na carreira. No grosso, a segunda proposta não altera muito a que já tinha sido apresentada anteriormente no que concerne às maneiras como começamos e progredimos. Quando vi o Eduardo Rolim, do Proifes, dando entrevista na TV, dizendo que os 15 pontos apresentados tinham sido atendidos, não pude deixar de me indignar. Primeiro, porque já tinha lido a proposta quando vi a entrevista e claramente ela não contempla os 15 itens. Segundo, porque os 15 itens apresentados pelo Proifes não foram discutidos em universidade nenhuma, logo como podem ter sido apresentados em nosso nome (nosso das 'bases' do Proifes) se não os aprovamos. Terceiro, essa postura da entidade me colocou a seguinte pulga enorme atrás da orelha: o Proifes tira 15 itens da cartola e entrega para o Governo, no dia seguinte faz uma reunião com o governo (sem o Andes e o Sinasefe) e relata que o governo recebeu positivamente a proposta, por fim sai alegando que o governo atendeu os 15 itens. Ou eu estou com mania de perseguição ou tem alguma armação nessa história. É no mínimo ingênuo da parte do Proifes acreditar que vamos cair nessa história da carochinha. Para mim, trata-se apenas de uma encenação organizada entre governo e Proifes, que envolve manipulação das informações pela mídia. Por fim, de volta essa coisa dos grupos de trabalho (GTs) com membros da ANDIFES e do MEC para discutir questões complexas (como inclusão de aposentados, revisão do REUNI, normas para progressão na carreira etc.). Está mais do que claro o papel que a ANDIFES vem desempenhando nesta greve. Em várias universidades (a nossa inclusa), a postura é de ignorar a greve até onde der ou então fazer represálias. Aqui a PREG suspendeu datas ao invés de suspender o calendário acadêmico inteiro deste e do próximo semestre. Nós achamos um absurdo a circular 6/2012 da COAC/CPAN nos mandando liberar notas no SISCAD, na UFF isso saiu da PROGRAD (!). Estamos em greve porque nunca obtivemos resultado algum dos GTs que foram criados e agora o Proifes acena que os GTs são a solução. O ANDES protocolou a proposta de carreira amplamente debatida nas universidades que são suas bases, mas o governo ignorou e insistiu em pedir à ANDIFES que elaborasse uma proposta. Onde está mesmo? Para não deixar de falar do governo. A Dilma embarcou para Londres para a abertura dos Jogos Olímpicos e mandou os ministros resolverem isso para evitar desgaste de sua imagem, principalmente porque nossa greve neste momento gera os desconfortos mais sérios, além de rebocar outros segmentos do funcionalismo. Se, por um lado, os professores universitários em greve dão menos visibilidade que os metroviários, policiais ou médicos, por outro lado, estamos entre as categorias do serviço público que mais impacto causam. Assim, precisamos saber usar nossa força, agora que ela se coloca de modo mais evidente. Os estudantes e os técnicos em greve têm suas respectivas pautas e estas estão sendo ignoradas pelo governo. E aqui também aparece o egoísmo severo do Proifes. O Sinasefe já admitiu que nenhum dos seus professores sairá da greve se os técnicos também não forem atendidos e, na contramão, aparece o Proifes dizendo que a proposta do governo é maravilhosa porque atendeu 15 itens (que não foram, como já disse, integralmente atendidos e que não contemplam pautas de estudantes e técnicos). Neste momento da greve em que estamos todos cansados (eu particularmente estou bastante), ainda é preciso fôlego para encontrar e combater os Cavalos de Troia que aparecem para resolver nossos problemas. A greve é forte (sim!), a luta é agora (sim!)!!!! Igor Catalão UFMS/Câmpus do Pantanal

A GREVE CONTINUA!

A GREVE CONTINUA... Duas propostas foram apresentadas pelo governo aos professores. A primeira foi rejeitada por unanimidade e a segunda encontra-se em análise pelo ANDES para posterior apreciação das sessões sindicais. Enquanto isso, nossas atividades tem seguimento, agora articuladas entre ADLeste – S.Sind., SINASEF/IFMS e SISTA/UFMS. Confiram o cronograma e participem!! 31/07/2012 – DIA NACIONAL DE LUTA DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL - CARREATA EM TRES LAGOAS * Concentração às 9:00 hs (em frente a Unidade II) * Saída da carreata às 10:00 hs - Trajeto: Saída da Unidade II passando pela Av. Ranulpho Marques Leal, ruas Egídio Thomé, Eloizio Mario Mancini, Avenida Rosário Congro e chegada à praça Ramez Tebet. O4/08/2012 - AULA DA CIDADANIA E ABRAÇO NA PRAÇA RAMEZ TEBET Horário – das 8:00 as 11:00 hs Atividade – Falas, Panfletagens, Oficinas de teatro e rodas de leituras para crianças, medição de pressão Contamos com a presença de todos! Alunos, professores e familiares!!

terça-feira, 24 de julho de 2012

SISCAD/Lançamento de Notas: Parecer do Departamento Jurídico ANDES

Pessoal, abaixo parecer jurídico do advogado do ANDES-SN respondendo a CI da COAC/CPAN pressionando docente a preencherem o SISCAD. A resposta reforça nossa campanha pelo não preenchimento do sistema. De: Rodrigo Castro [] Enviada em: sexta-feira, 20 de julho de 2012 15:06 Para: secretaria@andes.org.br Assunto: ENC: Circular UFMS - Departamento Jurídico ANDES Prioridade: Alta Prezado professor Márcio, conforme conversamos, seguem alguns esclarecimentos sobre a questão em análise. Uma estratégia para o enfrentamento da questão seria o encaminhamento por parte da S. Sind de um comunicado no qual informaria novamente que os professores encontram-se em greve e que por isso não seria possível cumprir a referida determinação, tendo em vista se tratar de uma atividade do docente, bem como impedimentos fáticos, especialmente se não existirem notas a serem lançadas. O direito de greve do servidor público esta garantido pela Constituição Federal, nos termos do art. 37, II. Trata-se de uma fato jurídico-social que está sendo exercido dentro dos limites aceitáveis e dos parâmetros normativos aplicáveis a espécie, uma vez que o Supremo Tribunal no julgamento dos Mandados de Injunção nº 670, 708 e 712 definiu a aplicação da Lei de Greve (Lei Federal nº 7.783/89) no que couber, aos servidores públicos. E nesse sentido, veja-se os arts. 6º, § 1º e 7º, § único, da Lei de Greve, que vedam o emprego de meios que poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem. E o direito de greve insere-se no rol desses direitos e garantias fundamentais. Vale dizer que o Supremo Tribunal Federal, por intermédio de sua Súmula nº. 316, já pacificou o entendimento que a simples adesão à greve não constitui falta grave. Assim, os professores não poderiam ser punidos pelo não cumprimento da referida determinação, em razão de estarem exercerem o direito constitucional de greve. Todavia, é importante destacar a possibilidade de instauração de processo administrativo para a apuração dos fatos. At. Rodrigo castro.

UNANIMIDADE DAS ASSEMBLEIAS FAZ GOVERNO SE MOVIMENTAR

A unanimidade das Assembleias em recusar a proposta faz governo se movimentar Na reunião de ontem com o governo, o Comando Nacional de Greve/ANDES- SN apresentou documento com análise detalhada dos elementos que levaram as assembleias gerais a rejeitarem unanimemente a proposta do governo e indicou caminhos para as negociações avançarem. A consistência dos argumentos e a força da greve levaram o governo a se movimentar e marcar nova reunião para hoje, dia 24. Convocamos a todos a manter a mobilização e a organizar vigílias junto aos Comandos Locais de Greve. TUITAÇO NO DIA 24 . HASHTAG #falaSerioMercadante A GREVE É FORTE! A LUTA É AGORA! CNG/ANDES-SN, 23 DE JULHO DE 2012 Diretoria da ADLeste-S.Sind (2011-2013)

REMATRÍCULA ONLINE, CONFIRMAÇÃO DE MATRÍCULA E TRANCAMENTO SUSPENSAS

Pessoal, segue conteúdo da resolução que suspende as rematrículas do segundo semestre entre outras providências. RESOLUÇÃO N° 208, DE 20 DE JULHO 2012. A PRESIDENTE DO CONSELHO DE ENSINO DE GRADUAÇÃO da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais, e considerando a possibilidade de prejuízos às atividades acadêmicas no 2º semestre letivo de 2012, resolve, ad referendum: Art 1º Suspender as seguintes atividades previstas no Calendário Acadêmico conforme segue: 1 - Período para Trancamento do semestre (presencial), previsto para o período de 23 a 31 de julho. 2 - Período para Inscrição da rematrícula (on line), previsto para o período de 23 a 25 de julho. 3 - Período para Confirmação da rematrícula do semestre (presencial), previsto para os dias 30 e 31 de julho. Art. 2º As novas datas serão fixadas posteriormente. Art.3º Esta resolução entra em vigor nesta data. YVELISE MARIA POSSIEDE

PROPOSTA DO GOVERNO: ANÁLISE DO COMANDO ESTADUAL DE GREVE DA UFMS

Segue trecho da análise do comando estadual da UFMS: Compreendemos que a proposta do governo, sinteticamente: A- Fere a autonomia das universidades; B- É ilegal porque fere a LDB; C- Compromete o equilíbrio da tríade Ensino-Pesquisa-Extensão e estimula o produtivismo; D- Impede a progressão, dadas as atuais condições de obtenção de títulos; E- Foi antidemocrática na forma como foi debatida e anunciada; F- Retrocede em relação à carreira atual; G- Desconsidera as discussões acumuladas sobre a reestruturação da carreira docente; H- Desnivela o reajuste salarial e aumenta a falta de isonomia e lógica entre níveis e classes; I- Dissocia e aumenta o desnivelamento, na composição salarial, entre ensino, pesquisa e extensão, e formação continuada do professor; J- Prioriza e restringe uma classe, de Professor Titular, impedindo e limitando, ao mesmo tempo, o acesso a essa classe pelo conjunto dos docentes; L- Proporciona o aprofundamento da falta de lógica e estética na estruturação da carreira docente, criando problemas de ordem ética na absorção da carreira, e entre os professores; M- Intensifica o produtivismo acadêmico; N- Não equipara trabalhadores ativos e aposentados; O- Não aprofunda a discussão conceitual sobre a carreira docente; P- Maquia o reajuste salarial proposto. Nos termos citados, os professores da UFMS deliberam por UNANIMIDADE que a proposta do governo, nos termos apresentados, foi rejeitada porque, dentre outros fatores, não atende aos anseios da categoria, retrocede em vários aspectos já vencidos na própria mesa de negociação, e só se concretizou devido à grande força do movimento grevista.

Assembleia Unificada HOJE 14 hs na Unidade I

ADLeste (ANDES); SINASEFE e SISTA (FASUBRA) Data- 24/07/2012 Local- Unidade I – CPTL/UFMS HORÁRIO- 14:00 Pauta: 1- Informe sobre a Marcha dos Servidores à Brasília e Calendário Nacional 2- Composição do Comando Local de Greve Unificado 3 - Atos Unificados em Três Lagoas 4- Diversos A GREVE É FORTE! A LUTA É AGORA!

Reunião com representantes do MPOG foi conquistada com a continuidade da Marcha a Brasília

Servidores Públicos Federais (SPF) e estudantes, mobilizados amplamente nesta semana em resposta ao descaso do governo em relação às suas reivindicações, realizaram uma grande marcha na Esplanada dos Ministérios. A continuidade da mobilização marcante no dia 18 de julho ocorreu na madrugada do dia 19, quando os SPF e estudantes deslocaram-se para a frente do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), bloqueando as entradas do prédio. A exigência do movimento de ser recebido pelo ministério foi cumprida e uma reunião foi realizada entre os representantes das entidades que compõem o Fórum Nacional das Entidades dos SPF e que coordenaram a Marcha (CSP-Conlutas, CUT, CTB, ANDES-SN, Fasubra, Sinasefe, Condsef) e o Comando de Greve dos Estudantes, com o Secretário Executivo Adjunto da pasta, Valter Correia da Silva, e com o Secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça. Nesta reunião, o governo se comprometeu a apresentar para os SPF, na mesa de negociação, alguma proposta em relação à pauta geral de reivindicação até o dia 31 de julho. Apesar desta indicação do governo, a orientação do movimento é aprofundar a greve dos SPF. O CNG/ANDES-SN recomenda aos Comandos Locais de Greve que realizem atividades no dia 23 de julho de divulgação e esclarecimento à população das perversidades da proposta apresentada pelo governo. A GREVE É FORTE! A LUTA É AGORA! CNG/ANDES-SN, 19 de julho de 2012

AVALIAÇÃO DA PROPOSTA DO GOVERNO PELA ASSEMBLEIA DA ADLESTE

RECUSAR A PROPOSTA DO GOVERNO, MANTER A GREVE E INTENSIFICAR A LUTA! Proposta aprovada em assembleia da ADLeste – S. Sind. em 17/07/2012 No dia 13 de julho de 2012, após 57 dias de greve dos professores das universidades federais brasileira, o governo federal lançou, em mesa de negociação, sua proposta de reestruturação das carreiras docentes. Nas palavras do próprio secretário do SRT/MP, Sergio Mendonça, o ponto central desta proposta se baseava na valorização da dedicação exclusiva, na meritocracia e na titulação. O ANDES – SN enviou a proposta para suas bases, para apreciação e discussão, solicitando uma resposta até o dia 20 de julho. A ADLeste – S. Sind., seção sindical do ANDES, realizou assembleia no dia 17 de julho, analisando a proposta do governo e retirando encaminhamentos abaixo descritos. 1. Da análise da proposta: Desde o começo das negociações, no GT Carreira, o cerne da discussão e o anseio do movimento docente é a reestruturação da carreira. A proposta apresentada além de não atender o ponto central da reivindicação que é a unificação da carreira entre Magistério Superior (MS) e Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), centraliza-se no aumento de valores nominais a serem pagos ao cabo de três anos. Tal centralização foi comprovada na própria mesa de negociação, quando a preocupação do governo foi apresentar tabelas, sem recorrer à discussão conceitual de sua proposta de reestruturação das carreiras docentes. Somente após insistência do movimento grevista que, após intervalo de uma hora, o governo apresentou os aspectos conceituais de sua proposta por escrito. Em consonância com a fala de Sérgio Mendonça, trata-se de uma proposta de carreira meritocrática e hirerarquizada conforme a titulação do docente. Para a progressão no interior da carreira, é necessário comprovar o produtivismo, aumentando de 8 para 12 horas aula (superior ao previsto na LDB), com 70% de pontos em avaliação de desempenho individual. Já a promoção de uma classe para a outra depende de interstício de 24 meses no último nível da classe anterior, acrescido da titulação e avaliação de desempenho. Ressalta-se na proposta o enquadramento no primeiro nível da carreira para o professor ingressante, independente de sua titulação, estando este possibilitado de buscar progressão para sua classe somente depois de seu estágio probatório. A proposta apresentada, ainda que coloque o professor titular como uma classe dentro da carreira, impõe restrição de acesso ao criar a exigência de apresentação de memorial ou tese inédita e aliar isso a um limite de 20% de acesso do total de docentes da instituição. Outro aspecto preocupante dessa proposta está no reenquadramento dos professores aposentados que, conforme esclarecimento do governo será realizada pela simples transposição (de-para) conforme nomenclatura mantida. Mesmo no tocante ao aumento salarial contido nas tabelas, é possível ver os claros limites desta proposta. Além de não haver um critério único para a elevação salarial nas várias classes e níveis da carreira, o aumento proposto na forma de escalonamento em três anos não atende à desvalorização projetada pelo ICV do DIEESE, índice trabalhado pelo próprio governo para os cálculos realizados. A maior parte da carreira, com exceção à classe de professor titular, irá acumular estagnação ou perda de até 8% do valor real de remuneração. Portanto, a proposta do governo não atende aos anseios da categoria, retrocede em vários aspectos já vencidos na própria mesa de negociação e só se concretizou devido à grande força do movimento grevista. 2. Dos encaminhamentos A proposta do governo foi rejeitada por unanimidade Como aspectos que devam nortear as discussões na próxima mesa de negociação, destacam-se: a) A centralização do debate acerca da precarização das condições de trabalho e da expansão irresponsável dos cursos, campi e universidades a partir da lógica do REUNI; b) A defesa contra o ataque à autonomia universitária; c) A defesa contra as diferenciações na carreira; d) A percepção, por parte da categoria, de que não há aumento real de salário; e) A reafirmação da proposta de carreira do ANDES-SN como referencial de negociação f) A manutenção e radicalização da greve

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Deu no UOL: Em 2015, professor doutor em início de carreira ganhará apenas 0,85% mais do que hoje

Até mesmo a imprensa burguesa reconhece que a proposta do governo é uma vergonha. Vejam a matéria do UOL sobre os "ganhos" alardeados pelo governo. Notem que a matéria não registrou que os professores estão sem reajuste a dois anos. Deve-se portanto, subtrair cerca de 10% de inflação média acumulados desde o período na tabela apresentado abaixo. Feita as contas, o professor doutor em início de carreira ganhará menos 8% do que ganha hoje e apenas três anos depois de seu estágio probatório! A proposta apresentada pelo MEC (Ministério da Educação) e pelo Ministério do Planejamento aos docentes federais em greve representará, descontada a inflação dos três anos, aumento de apenas 0,85% para o professor com doutorado em início de carreira em 2015. Segundo a proposta do governo, em 2015 um professor com doutorado que começar a dar aulas em uma universidade ganhará R$ 8.439,77. Sem a proposta e computando o reajuste pela inflação de 4,5% ao ano, um docente iniciante ganharia R$ 8.368,94 em 2015. Os cálculos, feitos pela economista Fabiana de Felício a pedido do UOL Educação, mostram que o reajuste proposto pelo governo quase não afeta a remuneração do doutor com dedicação exclusiva em início de carreira. No caso de professores que já estão na carreira, há reajustes reais que, no caso de professores titulares - topo de carreira - podem chegar a 27%. EXPLICANDO A PROPOSTA Salário em fevereiro/2012 Salário corrigido pela inflação em 2015 Proposta do governo para 2015 Diferença entre valores Iniciante com doutorado 7.333,67 8.368,94 8.439,77 + 0,85% Assistente mestre 2 4.759,71 5.431,62 6.171,22 + 13,62% Assistente mestre 1 4.651,59 5.308,24 6.171,22 + 16,26% Adjunto doutor 4 7.913,30 9.030,39 10.952,19 + 21,28% Titular doutor 11.755,05 13.414,46 17.057,74 + 27,16% 1. Os cálculos consideram inflação de 4,5% por ano no período 2. Para efeito de cálculo, foram considerados só professores em dedicação exclusiva Fonte: Fabiana de Felício, Ministério do Planejamento e Ministério da Educação O Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) critica a proposta do governo e divulgou, na última segunda-feira (16) nota afirmando que o governo faz “um jogo de números maquiados” e que a proposta de reajuste só apresenta ganho real, acima da inflação, para uma classe de professor que representa menos de 10% de toda a categoria. Para o secretário de Educação Superior do MEC, Amaro Lins, é preciso olhar para a carreira como um todo –na expectativa salarial do professor ao longo da carreira. “O que nós queremos é tornar a carreira atraente para os novos professores, e principalmente que eles percebam que têm espaço de desenvolvimento da carreira na universidade”, disse. Já a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento disse que o ingresso na carreira docente é “opcional” e que um salário de um professor iniciante é atrativo principalmente no interior do país. Plano de carreira Essa diferença vem acompanhada de uma mudança proposta no plano de carreira dos docentes. Atualmente, existem 17 níveis, contando com o de titular. Um doutor só pode entrar hoje como adjunto 1. A proposta do governo atende em parte a uma reivindicação do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), que pedia a reestruturação da carreira. Pelo texto apresentado, o número de “níveis” cai para 13, incluindo o de titular. No entanto, o professor doutor entra na universidade em uma categoria mais baixa, a de auxiliar 1. “Como doutor, você já começava como adjunto 1. Agora, vai entrar como auxiliar 1 e terá mais passos, são 13 passos”, disse o professor Ricardo Summa, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/07/19/com-proposta-do-governo-professor-doutor-iniciante-ainda-ganhara-menos-que-agente-da-pf.htm

A UFMS na MARCHA DE BRASÍLIA

Professores, funcionários e estudantes participaram da marcha dos funcionários públicos em Brasília. A manifestação reuniu cerca de dez mil servidores públicos. Contra o arrocho salarial que afeta os trabalhadores para privilegiar o sistema financeiro.

PROFESSORES DO CPTL DIZEM NÃO A PROPOSTA DO GOVERNO

Professores da UFMS do Câmpus de Três Lagoas, em assembleia realizada na última terça, dia 17 de julho, rejeitaram a proposta do governo apresentada no último dia 13, Diferente do que está sendo alardeado pela mídia a proposta do governo causa prejuízos salarias aos professores até 2015 (ano programado para o reajuste da tabela salarial). A proposta representa mesmo um retrocesso com relação a atual carreira do magistério. A posição do professores da ADLESTE, filiada ao ANDES será levada ao Comando Nacional de Greve (CNG) que tem reunião com o Governo no próximo dia 23 de julho. A greve é forte! A luta é agora!

domingo, 15 de julho de 2012

MARCHA À BRASÍLIA: ÔNIBUS DA UFMS

Prezados... está quase tudo certo para locação de um ônibus saindo de Campo Grande, passando por Três Lagoas, com destino à Brasília para participarmos da manifestação nacional no dia 18, convocada por diversas entidades de servidores. Iremos na terça-feira (sai à tarde de Campo Grande e passa em Três Lagoas no início da noite). Voltaremos na quarta-feira à noite de Brasília. Os custos serão pagos pelo ANDES-SN. Quem estiver disposto em participar, por favor, enviem com urgência: NOME COMPLETO, RG e CPF. Logo que confirmarmos o ônibus e as pessoas, enviaremos maiores detalhes. No aguardo. Vitor Oliveira Diretoria da ADLeste-S.Sind (2011-2013)

ASSEMBLEIA GERAL DIA 17 DE JULHO 14 HORAS

lOCAL: Bloco da Geografia Pauta: 1) INFORMES a) Bobó da greve b) Viagem à Brasília 2) PROPOSTA DO GOVERNO - Avaliação - Deliberação 3) ATIVIDADES 4) DIVERSOS

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Relato preliminar do delegado da UFMS no CNG, prof. Fabiano de Corumbá.

Pessoal, Acabou neste instante a reunião com o governo. Em princípio a proposta é terrível, mantém as classes, institui mínimo de 12 horas semanais, preve preceptoria por projetos, diferentes percentuais de aumento a depender da classe e titulação, incorpora o professor titular como classe na carreira; A reunião começou com o governo apresentando tabelas com vencimentos e imediatamente argumentamos sobre o descaso do governo. Afinal, não são números que estamos negociando mas plano de carreira e condições de trabalho. Após estas argumentações o pessoal do Andes e CNG solicitou que a proposta fosse apresentada por escrito. Neste momento a reunião foi interrompida por aproximadamente duas horas, até que o governo retornasse com a proposta por escrito. Ao retornar com a proposta por escrito, se passou a discutir prazos para uma próxima reunião, já que não seria possivel tomar qualquer decisão sem antes consultar as bases. Neste momento o Proifes e governo queriam marcar já para a próxima semana no dia 18!!!????, dia de nossa marcha. O pessoal da diretoria e do CNG disse que este processo é lento e que não pode ser feito assim, com pressa. O proifes disse que eles conseguiriam rapidamente organizar as bases!!!!!????? Afinal, a próxima reunião ficou acordada para dia 23/07. Agora teremos uma reunião para preparar um comunica sobre isso e amanhã pela manhã passaremos a analisar a proposta. Vou manter vcs informados. Pessoal, é importante esclarecermos que esta propsota colocada é pior da que atualmente fazemos parte pois não resolve o problema dos aposentados, não imcorpora o RT no vencimento básico, institui a possibilidade de vencimentos por projetos, preve 42% de aumento apenas para o professor titular e valores inferiores para as outras classes. O governo fez o seguinte: incorporou valores altos para titulares, que são muito poucos, e valores irrisórios para a maioria que é mestre e doutor. Foi um total descaso com a luta que temos travado nestes dois meses, devemos nos manter atentos pois não duvido nada que o proifes queira chamar assembleia para apreciar a proposta já na segunda ou terça feira. Amanhã envio mais informações Fabiano

Nota oficial do governo

Nota oficial Governo propõe reajuste aos professores universitários O governo federal apresentou nesta sexta-feira, 13, proposta de plano de carreira, a vigorar a partir de 2013, às entidades sindicais dos professores dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia e das universidades federais. A proposta permite visualizar uma mudança na concepção das universidades e dos institutos federais, na medida em que estimula a titulação, a dedicação exclusiva e a certificação de conhecimentos. Reduz a carreira de 17 para 13 níveis, como forma de incentivar o avanço mais rápido, e a busca da qualificação profissional e dos títulos acadêmicos. O governo federal vem cumprindo integralmente as propostas negociadas em 2011. Em 2012, por meio da Medida Provisória nº 568, de 11 de maio, aplicou, com efeito retroativo a março, reajuste de 4% aos salários e a incorporação das gratificações aos vencimentos básicos. Em reunião realizada com os representantes sindicais dos professores, coordenada pelo secretário de relações do trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Sérgio Mendonça, com a presença de representantes do Ministério da Educação, o governo federal propôs: 1. Todos os docentes federais de nível superior terão reajustes salariais, além dos 4% concedidos pela MP nº 568/2012, retroativos a março, ao longo dos próximos três anos; 2. O salário inicial dos professores com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil. Os salários dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva, passarão de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil. 3. Ao longo dos próximos três anos, a remuneração do professor titular, com dedicação exclusiva, passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil, conforme tabela; 4. No caso dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, além da possibilidade de progressão pela titulação, haverá um novo processo de certificação do conhecimento tecnológico e da experiência acumulados ao longo da atividade profissional de cada docente. Dessa forma, o governo federal atende reivindicação histórica dos docentes, que pleiteavam plano de carreira que privilegiasse a qualificação e o mérito. Além disso, torna a carreira mais atraente para novos profissionais e reconhece a dedicação dos professores mais experientes. Finalmente, com a sanção da Lei nº 12.677, de 25 de junho de 2012, o governo federal criou 77 mil cargos para professores e técnicos para as universidades e institutos federais. Ministério da Educação e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Acesse as tabelas de salários Acesse as tabelas detalhadas (divulgadas nos portais do MEC e MPOG)

Governo apresenta proposta

O secretário de Relações do Trabalho, Sergio Mendonça, apresentou na tarde desta sexta-feira (13), às entidades do movimento docente, uma proposta que envolve tabelas e tópicos com aspectos conceituais sobre a carreira docente. Ao mesmo tempo em que o CNG/ANDES-SN tomava conhecimento das tabelas, no outro lado da Esplanada dos Ministérios, os ministros Aloizio Mercadante e Miriam Belchior davam uma entrevista coletiva falando do impacto orçamentário da proposta, que seria implementada entre 2013 e 2015. A reunião no Ministério do Planejamento começou com os representantes do governo apresentando as tabelas. Imediatamente, os representantes do CNG/ANDESSN pediram explicações e esclarecimentos. Ao invés de esclarecer, as falas do governo geraram mais dúvidas, e, por isso, houve a solicitação de que o governo apresentasse as respostas por escrito. A reunião foi suspensa e recomeçou cerca de uma hora depois com a entrega do documento. Como encaminhamento final, ficou agendada a realização de nova reunião no dia 23 de julho, às 14h. O Comando Nacional de Greve fará uma análise preliminar da proposta do governo para subsidiar as deliberações das assembleias gerais. Essa análise será concluída neste sábado. A GREVE É FORTE! A LUTA É AGORA!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

NEGOCIA DILMA!

Com a inépcia do MPOEG e do MEC, o movimento volta-se contra a presidente. Negocia Dilma! é a nova palavra de ordem e protestos bem humorados tomam conta do país. Confira fotos no link abaixo: http://educacao.uol.com.br/album/2012/06/21/greve-nas-universidades-federais.htm

DEU NO UOL: Planejamento volta atrás e marca reunião com professores federais em greve para esta sexta

ATENÇÃO: A NOTÍCIA ABAIXO AINDA NÃO FOI CONFIRMADA PELO COMANDO NACIONAL DE GREVE! Após dizer que não teria agenda até o dia 31 de julho para se reunir com os professores das universidades federais em greve há quase dois meses, o Ministério do Planejamento voltou atrás e informou nesta quinta (12) que marcou um encontro com a categoria amanhã (13), às 15h, em Brasília. Ontem (11), a categoria fez um protesto em frente ao Palácio do Planalto e tentou entregar uma carta para a presidente Dilma Rousseff, pedindo que ela interviesse nas negociações. Os manifestantes se encontraram com um representante da Secretaria-Geral da Presidência da República, que prometeu tentar facilitar as conversas entre os dois lados. A última reunião entre Planejamento e grevistas aconteceu no dia 12 de junho. Um novo encontro havia sido marcado para o dia 19, mas foi adiado. Reivindicações A principal reivindicação do movimento grevista é a reestruturação da carreira docente, por isso, as negociações são feitas com o Ministério do Planejamento. Na última reunião, a pasta propôs que a greve fosse encerrada e que as discussões continuassem com base na carreira do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). Os docentes não concordaram em acabar com a paralisação.

Inscreva-se para o ônibus para a manifestação em Brasília

Pessoal, um ônibus sairá de Campo Grande dia 17 de julho rumo a Brasília, onde faremos manifestação no dia 18 de julho. Precisamos que os interessados enviem email URGENTE para reservamos seu lugar: adleste@uol.com.br

RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO NO COMANDO NACIONAL DE GREVE 04 a 11 de julho de 2012

Professor Antônio Rodrigues Belon (ADLeste) Pra começo de conversa A distância entre o calor e a vida no COMANDO NACIONAL DE GREVE DO ANDES-SN e a expressão disto tudo em palavras é muito grande... Aqui é o lugar O COMANDO NACIONAL DE GREVE DO ANDES-SN funciona na sede do sindicato Sede Nacional - Setor Comercial Sul (SCS), Quadra 2, Edifício Cedro II, 5 º andar, Bloco "C" - Cep: 70302-914 Brasília-DF. As atividades externas como participação em eventos de outras entidades, unificados e manifestações implicam no retorno sempre ao local onde tudo se centraliza. Agora é a hora As reuniões ocorrem diariamente em regime de plantão, ou seja, de forma ininterrupta, inclusive aos sábados, domingos e feriados. A greve somos nós O COMANDO NACIONAL DE GREVE DO ANDES-SN se constitui pela participação de membros da Diretoria do Sindicato e Delegados de todo o Brasil eleitos, na base, representante das seções sindicais e dos COMANDOS LOCAIS DE GREVE. Os delegados se seguem uns aos outros em regime de rodízio definidos em suas bases de origem. Os acontecimentos Entre os dias 4 e 11 de julho, datas da chegada e da saída, respectivamente, este Delegado participou de reuniões cotidianas prestando informes sobre as movimentações na base da ADLeste e remetendo informações do COMANDO para a base. Na sexta, dia 6, foi aprovada a carta a Dilma e a tarde foi avaliação de conjuntura, já com a notícia da ameaça de corte de ponto. As análises convergiram para o que já vinha sendo debatido: é o momento de radicalizar a greve. O Delegado fez uma fala abordando o tema da radicalização mas também a responsabilidade do CNG em preparar a base para que quando viesse proposta do governo não se aceitasse qualquer coisa. No sábado, 7 de julho, ocorreu o ENCONTRO DOS COMANDOS DE GREVE DO SETOR DA EDUCAÇÃO FEDERAL, no auditório do Hotel San Marco, em Brasília. Os comandos de greve do ANDES-SN, da FASUBRA, do SINASEFE e o Comando de Greve dos Estudantes estiveram presentes. A composição da mesa se deu pela presença de um representante de cada setor nos dois momentos dos trabalhos. Pela manhã deu-se uma análise da conjuntura. Depois das falas dos componentes da mesa ― a representante do ANDES-SN foi a Marinalva ― as intervenções dos participantes foram em grande quantidade e de muito boa qualidade. O Delegado falou abordando as implicações da ameaça de corte de ponto nos seus aspectos políticos de susto, assédio e amedrontamento. Falou da guerra de (dês)informação externa e interna ao movimento, do uso da mídia e do diz-que-diz. Registrou as possibilidades de reação no nível de direção e na base. Lembrou o propósito de nosso campo de organizar pela base. Clamou pela necessidade da via sindical e popular para a circulação das orientações e para a tomada das decisões. Teceu considerações sobre a concepção do trabalho docente, dos técnicos e do funcionalismo na conjuntura contemporânea. Evidentemente de forma resumida, em três minutos. No período da tarde nova mesa com a repetição da composição por comando já praticada na manhã, e com o Schuch representando o ANDES-SN, fazendo no meu entendimento uma exposição correta e brilhante sobre o tema, tratou-se da “Precarização do Trabalho e Ensino”. Depois das exposições, de um modo geral, muito qualificadas da mesa, ocorreu uma grande quantidade de intervenções, no geral, de boa qualidade. O Delegado falou, em três minutos novamente, sobre a unidade de ação entre professores e técnicos enquanto trabalhadores, e dos estudantes; e a importância dela. Considerou a hipótese, no momento chave da greve em aproximação, do governo chamar um dos setores para uma negociação separadamente, quando a unidade vai ser posta à prova. A condição para o início de negociações seria a exigência da unidade, sem a exclusão de setores. O Barela fez a saudação inicial em nome da CSP-CONLUTAS e permaneceu quase o dia todo no evento. O encontro caracterizou-se, embora não formalmente, como um seminário na acepção própria da palavra, pela riqueza das discussões e semente desdobramentos nas lutas. Os temas foram discutidos, mas não foram objetos de deliberação conforme o previamente acordado. Na quarta-feira, ontem, em Brasília, o Delegado integrou e acompanhou o COMANDO indo até o palácio pedir para falar com a Dilma e entregar a ela uma CARTA. O documento foi entregue ao Ministro Interino da Casa Civil. A imprensa foi avisada e deu repercussão ao ato (Uol, Correio Braziliense, etc). A Comissão de Mobilização –integrada pelo Delegado- seria recebida na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em reunião previamente acordada. Na última hora os deputados cancelaram unilateralmente o encontro. A causa de tudo A causa da greve e dos problemas correlatos é a política do governo, neste momento, configurada na sua intransigência em negociar. A finalidade de tudo A bandeira fundamental continua sendo a luta pela carreira do professor federal e de condições de trabalho sem precarização. O eixo de lutas desdobra-se na perspectiva de uma universidade onde o ensino, a pesquisa e a extensão estejam no interior de um ensino público, gratuito, laico e qualidade sociamente referenciada. Como se fosse uma conclusão Mais que o calor e a vida no COMANDO NACIONAL DE GREVE DO ANDES-SN e a expressão disto tudo em palavras vale mobilizar e organizar as bases, repetidamente, para um longo e forte enfrentamento com o governo. O tempo do governo não é o tempo dos trabalhadores em greve.

Ato público em Campo Granade do dia 04.07.2012

Vejam o link com vários vídeos. Vale a pena divulgar. Link do vídeo da greve UFMS para divulgação. http://youtu.be/BZUuTz4RURM Divulguem, vamos mostrar que essa greve não é brincadeira!

ASSEMBLEIA HOJE (12/7) AS 13H30 MINUTOS

É HOJE na Unidade II no Bloco da Geografia ao lado do auditório do Bloco VI PAUTA DA ASSEMBLEIA: 1. Informes a) Mobilização nacional (CNG) b) Mobilização UFMS (Comando Unificado) c) Mobilização local (CPTL CLG) 2. Avaliação do movimento 3. Deliberação sobre o Comando Estadual 4. Atividades de mobilização 5. Calendário de reunião do CLG 6. Deliberações Comitê de Ética 7. Diversos Diretoria da ADLeste-S.Sind (2011-2013)

PANFLETAGEM DE SÁBADO NO JORNAL DO POVO DE TRÊS LAGOAS

10/07/2012 » 10:35 Tamanho da letra: A+ | A- Professores da UFMS distribuem panfletos na feira Rafael Rossi Foto: Claudio Pereira Docentes foram até a feira na manhã deste sábado Cerca de 30 professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) estiveram na manhã do último sábado, na feira livre, realizada na avenida Rosário Congro. Eles distribuíram panfletos e conversaram com moradores a respeito da greve dos docentes da Universidade.
Segundo a professora de Pedagogia, Lucimar Rosa Dias, cerca de cinco mil cartazes foram confeccionados. “A maior parte da mídia nacional foca-se apenas no que o governo alega. Queremos simplesmente colocar nosso ponto de vista e explicar às pessoas nossos motivos. Graças a Deus, o pessoal está entendendo e apoiando a nossa causa. Sabem das condições precárias em que se encontram as universidades brasileiras”, frisou. A intenção dos professores é de que a presidente Dilma Rousseff renegocie o plano de carreira e garanta a expansão dos cursos com qualidade. “Até agora, não houve nenhuma contraproposta da presidente. Só voltaremos quando formos atendidos, ou seja, não há previsão nenhuma”, concluiu Lucimar. Os professores da UFMS de Três Lagoas aderiram a greve há quase um mês.

terça-feira, 10 de julho de 2012

RELATO DE REUNIÃO COM A REITORIA EM 09 DE JULHO DE 2012

Car@s Amig@s Primeiras considerações sobre a reunião de hoje com a Reitora da UFMS: A reunião com a Reitora não avançou muito mas tivemos até uma surpresa positiva. Abrimos apresentando as intenções e desdobramentos do movimento grevista focando na relevância do mesmo para a população em geral, para a educação, para as Universidades e para os professores. Em seguida a Reitora afirmou categoricamente que acha o movimento justo, necessário e importante para as universidades do Brasil hoje e que os reitores tem a mesma posição. Quando ao corte do ponto afirmou que enquanto a greve não for julgada não há possibilidade de cortar o ponto. Com relação as nossas solicitações de marcar uma reunião com o COEG e com o COUN ela afirmou que não irá marcar essas reuniões, mas apresentou uma alternativa de realizarmos uma Assembleia e convidar todos os representantes do COUN para debater sobre a greve e as pautas do Comando Estadual. Então não conseguimos uma posição mais favorável com relação ao calendário acadêmico. Conforme acordamos ontem por e-mail marcamos uma nova reunião com a Reitora no dia 16, segunda-feira as 14 horas (que é o dia que ela pode) para receber os representantes dos Campi do Comando Estadual, debater uma pauta local por nós apresentada e também expor suas considerações sobre a reunião de reitores que acontecerá amanhã (quarta) em Brasilia. Se por um lado não avançamos muito por outro ficamos mais tranquilos no sentido de perceber que não haverá retaliações contra os representantes do Movimento. Segue em anexo fotos do encontro e o documento com o recebido dela. Vamos conversando Abraços Paulo

Contra corte de ponto, servidores prometem radicalizar greve

Da Agência Carta Maior: Contra corte de ponto, servidores prometem radicalizar greve O anúncio de que o governo autorizou o desconto dos salários soou como provocação para as 14 categorias de servidores públicos federais em greve. De acordo com sindicalistas, a resposta será a radicalização do movimento, o que poderá resultar em desgaste para a presidenta Dilma. Historicamente, os servidores sempre conseguiram reverter as tentativas de corte de ponto. Em 2007, Lula voltou atrás, pressionado. Em 2001, FHC foi obrigado a suspender o desconto por determinação judicial. Najla Passos - Brasília Brasília - Os servidores públicos federais decidiram radicalizar a greve, em resposta à autorização do governo para o corte de ponto dos servidores paralisados, anunciada pelo Ministério do Planejamento (MP), na última sexta (6). “É inadmissível que um governo do Partidos dos Trabalhadores prefira ameaçar os servidores do que estabelecer uma negociação efetiva”, disse à Carta Maior o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos do Distrito Federal (Sindsep-DF), Oton Pereira. Segundo ele, a autorização para desconto dos salários soou como provocação para os grevistas. “Este anúncio acirrou ainda mais os ânimos. Várias assembleias e protestos foram marcados, e deverão resultar em uma adesão ainda maior. Há uma percepção geral de que o governo está obrigando os servidores a protagonizar a maior paralisação já vista no serviço público brasileiro, inclusive para defender nosso direito de fazer greve”, acrescentou. O secretário-geral do Sindsep-DF afirma que, historicamente, os servidores conseguiram reverter todas as tentativas de corte de ponto dos servidores em greve, seja por meio da justiça ou pela própria pressão dos servidores. Em 2007, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou atrás e suspendeu o corte anunciado, em função da pressão social. “O governo se baseia em uma lei de greve imposta pela ditadura militar para descontar os salários. E isso, politicamente, é insustentável para um governo de base populares, porque vai de encontro ao próprio direito de greve”, avalia. Marinalva Oliveira, presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), primeira entidade a entrar em greve, também acredita que a medida só resultará em mais desgaste para o governo. “As universidades públicas, têm, por lei, autonomia universitária. Em 2001, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso determinou um corte de ponto de grevistas, os reitores se recusaram a fazê-lo. O governo, então, cortou o ponto de todos os docentes, e nós conseguimos reverter a medida judicialmente”, lembra. Segundo ela, a comunidade universitária está indignada com a autorização e promete intensificar ainda mais a paralisação. “Estamos com quase dois meses de greve e ainda não conseguimos estabelecer uma negociação com o governo. Nossa pauta de reivindicações foi protocolada em abril do ano passado e ainda não tivemos resposta. Aliás, desde o início da greve, a única vez que o Planejamento nos recebeu foi para pedir uma trégua e agendar uma nova reunião de negociação, que acabou sendo desmarcada. E o governo ainda vem com ameaças”, critica. Segundo ela, é por isso que o anúncio do corte de ponto provocou a indignação da base da categoria. “Enquanto os professores leem, todos os dias, nos jornais, que o governo autorizou mais investimentos em recursos para as grandes obras e novas isenções fiscais para empresas, percebem que os investimentos na área social, que engloba saúde e educação, ficam apenas no discurso. Parece que a crise econômica é só para a área social”, acrescenta. O secretário-geral do Sindsep concorda que greve desvela uma disputa de projeto para o país. “Os servidores não estão lutando apenas por maiores salários. Também pleiteamos uma melhoria dos serviços públicos, que não atendem às demandas da população. Em todas as áreas, falta estrutura, faltam servidores. E nós queremos um governo que tenha, de fato, o social como prioridade. E isso não vai acontecer enquanto o governo destinar metade do seu orçamento para o pagamento dos juros da dívida pública”, afirma. Os docentes entraram em greve no dia 17/5, seguidos pelos servidores administrativos e estudantes. Hoje, estão paradas 56 das 59 universidades públicas do país, além de institutos tecnológicos, escolas técnicas e colégios de aplicação. Somaram-se a eles, a partir de 18/6, mais doze categorias representadas pelo Sindsep: funcionários dos ministérios da Saúde, Planejamento, Integração Nacional, Agricultura, Justiça, Trabalho e Emprego e Desenvolvimento Agrário, além dos do Itamaraty, Funai, Funasa e Arquivo Nacional.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sobre o corte do ponto: Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça

Saiu no blog: http://www.ufamparaofuturo.blogspot.com.br/2012/07/carta-aberta-ao-secretario-sergio.html Precisamos de clareza e coragem assim! SÁBADO, 7 DE JULHO DE 2012 Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça Senhor secretário das relações de trabalho no serviço público. Prezado senhor! O título dessa missiva bem que poderia ser “carta aberta a um covarde”. Porque, digníssimo secretário, o senhor portou-se como um covarde a serviço de um Governo covarde, antes de o galo cantar pela segunda vez esta semana. Se não, vejamos! O senhor não lembra que os servidores públicos federais em greve fizeram uma manifestação, com “Café da Manhã”, no dia 02, segunda-feira, à entrada da secretaria dirigida pelo senhor? Ao invés de receber os dirigentes, secretário, o senhor os fez esperar horas e horas, disse, ao telefone, a um deles, que não tinha autorização para recebê-los e fez com que a carta com as reivindicações dos professores fosse recebida apenas por uma das suas auxiliares. Ali, secretário, o senhor viu que a greve é pacífica e que não há “excessos nas manifestações”. Não receber as lideranças, portanto, senhor secretário, é o primeiro ato de descortesia, quiçá de covardia, por mim enumerado. Antes de o galo cantar, portanto, de a semana terminar, o senhor cometeu ato mais grave, que considero o segundo ato de covardia da semana: disparou a mensagem 552047, às secretarias de recursos humanos do serviço público, com uma ameaça velada de “corte de ponto”. Sei que o senhor deve ter (ou pelo menos deveria) uma assessoria jurídica. E isso fica muito claro quando, no comunicado, alerta “que na ausência de lei específica para o setor público, deve-se aplicar a legislação concernente à iniciativa privada - Lei 7.783, de 28 de junho de 1989.” Será, senhor secretário, que o assessor jurídico não leu o teor da dita Lei antes de ser emitida a mensagem 552047? Bem, se não o fez, vamos ler o que diz o § 2º do Art. 6º: “É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.” Secretário, a mensagem saída da Secretaria das Relações de Trabalho, assinada pelo senhor e por Ana Lúcia Amorim de Brito, mais parece uma ameaça a nós, que estamos em greve. De acordo com a própria Lei citada pelo senhor na mensagem “ameaçar cortar o ponto” é um ato ilegal. Ato desses foi consumado ontem por esta secretaria dirigida pelo senhor. Se não, vejamos o que diz o Art. 7º da mesma Lei: “Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.” Se não for um erro grave de interpretação da minha parte, senhor secretário, sem que a Justiça do Trabalho estabeleça a legalidade ou não da greve, é ato arbitrário da sua parte cortar nosso ponto. Tentativas de intimidação como essas em meio a uma greve forte e pacífica não podem ser qualificada de outra forma: uma covardia. Ademais, senhor secretário, o inciso X art 7 da Constituição Federal de 1988 diz que “constitui crime a retenção dolosa de salário”. Caso a secretaria dirigia pelo senhor corte os salários sem que a greve seja considerada ilegal pela Justiça do Trabalho, cometerá ato ilícito passível de pagamento em dobro. Assim sendo, senhor secretário, podemos combinar uma coisa? O senhor finge que apenas eu, professor Gilson Vieira Monteiro, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), estou em greve e corta meu ponto a partir do dia 18 de junho, como é a orientação dada aos setores de recursos humanos das universidades. Deixe, porém, de querer acabar a greve dos professores com intimidações, e não com propostas! Alerto, porém, que estou assumidamente em greve desde o dia 17 de maio de 2012, quando a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) deflagrou a greve. Será menos covarde e mais digno, tanto da sua parte quanto do governo que o senhor representa deixar de fugir da Mesa de Negociações e dizer a nós e ao povo brasileiro que o Governo não tem nenhuma proposta para a Carreira de Professor Federal. Até lá, senhor secretário, não arredaremos o pé porque nossa greve é forte. Não nos curvaremos diante de ameaças covardes como a emitida pela secretaria dirigida pelo senhor. Nossa luta por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada não se abala com uma ameaça de corte de ponto ilegal. Porém, se o senhor tem mesmo esse desejo de punir os professores em greve, anote o meu nome e desconte o meu salário. Talvez, assim, tenha como se justificar para “seus superiores” que o impedem de sentar à Mesa de Negociações novamente. Saudações grevistas! Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

ENCONTRO DOS COMANDOS DE GREVE DO SETOR DA EDUCAÇÃO FEDERAL

Colegas, No sábado, 7 de julho, ocorreu o ENCONTRO DOS COMANDOS DE GREVE DO SETOR DA EDUCAÇÃO FEDERAL, no auditório do Hotel San Marco, em Brasília. Os comandos de greve do ANDES-SN, da FASUBRA, do SINASEFE e o Comando de Greve dos Estudantes estiveram presentes. A composição da mesa se deu pela presença de um representante de cada setor nos dois momentos dos trabalhos. Pela manhã deu-se uma análise da conjuntura. Depois das falas dos componentes da mesa ― a representante do ANDES-SN foi a Marinalva ― as intervenções dos participantes foram em grande quantidade e de muito boa qualidade. Fiz uma fala abordando as implicações da ameaça de corte de ponto nos seus aspectos políticos de susto, assédio e amedrontamento. Falei da guerra de (dês)informação externa e interna ao movimento, do uso da mídia e do diz-que-diz. Registrei as possibilidades de reação no nível de direção e na base. Lembrei o propósito de nosso campo de organizar pela base. Clamei pela necessidade da via sindical e popular para a circulação das orientações e para a tomada das decisões. Teci considerações sobre a concepção do trabalho docente, dos técnicos e do funcionalismo na conjuntura contemporânea. Evidentemente de forma resumida, em três minutos. No período da tarde nova mesa com a repetição da composição por comando já praticada na manhã, e com o Schuch representando o ANDES-SN, fazendo no meu entendimento uma exposição correta e brilhante sobre o tema, tratou-se da “Precarização do Trabalho e Ensino”. Depois das exposições, de um modo geral, muito qualificadas da mesa, ocorreu uma grande quantidade de intervenções, no geral, de boa qualidade. Falei, em três minutos novamente, sobre a unidade de ação entre professores e técnicos enquanto trabalhadores, e dos estudantes; e a importância dela. Considerei a hipótese, no momento chave da greve em aproximação, do governo chamar um dos setores para uma negociação separadamente, quando a unidade vai ser posta à prova. A condição para o início de negociações seria a exigência da unidade, sem a exclusão de setores. O encontro caracterizou-se, embora não formalmente, como um seminário na acepção própria da palavra, pela riqueza das discussões e semente desdobramentos nas lutas. Os temas foram discutidos, mas não foram objetos de deliberação conforme o previamente acordado. Abraços. Belon

DOCENTES CONTRA ZUMBIS

Detalhes Publicado em Quinta, 05 Julho 2012 13:37 Escrito por Caros Amigos Por Roberto Leher e Marcelo Badaró Mattos Um espectro daninho ronda o sindicalismo brasileiro há mais de oitenta anos: o sindicato de Estado. Um morto, como veremos, muito vivo! Em todos os países que viverem ditaduras fascistas ou aparentadas ao fascismo e que adotaram modelos sindicais corporativistas (de sindicalismo vertical, sindicato único, umbilicalmente ligado e controlado pelo Estado), o sindicalismo de Estado foi superado nos processos de redemocratização. No Brasil, pelo contrário, esse zumbi sobreviveu a dois processos de redemocratização, distantes 40 anos no século XX. A razão fundamental para a manutenção da estrutura do sindicato oficial está em sua funcionalidade para a classe dominante brasileira. Não é pouco significativo o fato – inerente à sua lógica de funcionamento – de que tal estrutura se sustenta e é sustentada por uma casta de dirigentes sindicais burocratizados, que fazem do sindicalismo meio de vida e atuam, antes de mais nada, para manterem-se à frente do aparato objetivando o usufruto do poder e das vantagens materiais que ele oferece. Entre fins dos anos 1970 e meados dos anos 1980 ocorreu um forte impulso pela autonomia sindical. As oposições sindicais e os trabalhadores que empreenderam lutas realizaram uma dura crítica à estrutura do sindicalismo de Estado. Esta fase de retomada das mobilizações da classe trabalhadora brasileira na luta contra a ditadura militar ficou conhecida como “novo sindicalismo”. Como outras categorias, especialmente do funcionalismo público, os docentes universitários fundaram sua organização de caráter sindical – Andes (depois da Constituição de 1988, Andes-SN) – naquele contexto, e mantiveram com muita ênfase seu compromisso com um modelo sindical autônomo, combativo e classista, mesmo quando (a partir dos anos 1990) o “novo sindicalismo” viveu um nítido refluxo. Paternalismo Entretanto, o peleguismo do sindicalismo oficial, um verdadeiro gato de sete vidas, se imiscuiu entre os docentes de ensino superior a partir dos anos 2000, como sempre puxado pela mão do Estado paternal sempre disposto a tutelar os trabalhadores considerados um contingente “sempre criança”. O espectro ganhou um nome, que alguns por superstição, outros por aversão, se recusam a pronunciar, mas que, como todo fantasma de verdade (sic) não desaparecerá simplesmente se fecharmos os olhos fingindo que ele não existe. Tratamos do Proifes. Algo muito interessante, no entanto, está acontecendo em meio à greve de inéditas proporções que está em curso nas Instituições Federais de Ensino Superior. Professores de todo o país, particularmente naquelas universidades em que o sindicalismo docente foi envolvido na rede do peleguismo oficialista, demonstram, inapelavelmente, a falta de legitimidade da entidade fantasma. O sindicato para-oficial entre os docentes As extraordinárias assembleias gerais dos professores de universidades e institutos tecnológicos neste momento dirigidos por setores vinculados à entidade para-governamental, reunindo, como na UFG, a maior quantidade de professores em uma assembleia geral da categoria, revelam que os docentes das universidades brasileiras não estão passivos e dóceis diante da vergonhosa tentativa de tutela governamental sobre a livre organização dos trabalhadores docentes. Longe de ser um fato isolado, o mesmo está acontecendo nas universidades federais do Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e em campi da UFSCar e em IFETs. Esses acontecimentos dizem respeito, em primeiro lugar, a compreensão dos professores de que a sua representação política tem de ser autônoma em relação ao governo e ao Estado e que a estreita simbiose entre a organização dita sindical para-oficial e o governo é deletéria para a carreira, os salários e as condições de trabalho na universidade. Mas a afirmação da independência política dos docentes nas referidas assembleias tem uma importância acadêmica, pois é uma condição para a autonomia universitária. Não pode haver autonomia da universidade se o governo controla até mesmo a representação política dos docentes. É possível dizer, portanto, que a afirmação da autonomia dos professores é um gesto crucial para a história da universidade pública brasileira! A história da entidade fantasma nas universidades é recente, mas ilustra muito bem como funciona o sindicalismo de Estado no Brasil. Após sucessivas derrotas nas eleições para o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), parcela da chapa derrotada foi alçada pelo então ministro da educação Tarso Genro à condição de representante dos docentes das IFES e, desde então, obteve lugar cativo na assessoria do governo, notadamente no MPOG e no MEC. O sindicalismo de Estado que fincou raízes entre nós tem origem no período Varguista. A investidura sindical, uma carta de reconhecimento do sindicato pelo ministério do trabalho que confere legalidade a suas prerrogativas de negociação e representação, acrescida do imposto sindical compulsório e da unicidade sindical, criaram as condições para a sua institucionalização no Brasil, conformando o sindicato oficialista. De inspiração fascista, objetiva assegurar a tutela governamental sobre os trabalhadores, valendo-se de prepostos, os pelegos que, nutridos por benesses e prebendas governamentais, servem de caixa de ressonância para as razões dos donos do poder. As bases jurídicas para tal estrutura sindical não foram suprimidas, antes disso, são revitalizadas pelas grandes centrais oficialistas que, a despeito de algumas críticas retóricas ao imposto sindical, caso da CUT, se movimentam de modo feroz para provocar desmembramentos de categorias (um requisito em virtude da unicidade e da presunção do apoio governamental) para obter maior fatia dos R$ 2,5 bilhões (total do imposto sindical em 2011) distribuídos entre as 6 centrais sindicais e o MTE. O oficialismo também é nutrido pelos generosos dutos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, fundo que arrecadou R$ 50 bilhões em 2011 e que, desde 1990, vêm repassando centenas de milhões para as centrais oficialistas ofertarem cursos de qualificação profissional que, a rigor, podem estruturar uma poderosa máquina política representando, em última instância, os tentáculos dos patrões e dos seus governos nas organizações supostamente dos trabalhadores. O processo de cooptação e subordinação do sindicalismo de Estado se completa com a participação dos sindicatos oficialistas nos fundos de pensão, que movimentam bilhões de reais e, para seguirem existindo, precisam valorizar as suas ações adquiridas nas bolsas de valores em nome da capitalização da aposentadoria dos cotistas. Entre as principais formas de valorização das ações, os gestores dos fundos incentivam privatizações, fusões e, o que pode ser considerado o núcleo sólido, as reestruturações das empresas, por meio de demissões, terceirizações e generalização da precarização do trabalho. Em suma, a valorização do portifólio de ações requer que o fundo dito dos trabalhadores se volte contra os direitos dos demais trabalhadores! É indubitável que os setores dominantes podem contar com trincheiras defendidas de modo incondicional pelos referidos gestores dos fundos e pela burocracia sindical alimentada pelo imposto sindical, pelo FAT e, no caso das entidades menores, até mesmo por contratos de prestação de serviços de assessoria ao governo financiados pelo próprio governo! Diploma do ministério e mão do Estado X Legitimidade É irônico observar que com Lula da Silva – o sindicalista que se destacou entre 1978 e 1980 pelas críticas duras à estrutura sindical oficial – na Presidência da República, o sindicalismo de Estado ganhou novo fôlego. Foi justamente em seu governo que as centrais sindicais, que em sua origem, nos anos 1980, nasceram a contrapelo da estrutura, foram incorporadas ao sindicalismo vertical, ocupando o topo daquela mesma estrutura montada pelo regime de Vargas nos anos 1930 e reformada pelo governo do ex-sindicalista nos anos 2000. E seus dirigentes passaram a ocupar postos centrais na estrutura do governo, particularmente na área do trabalho e gestão do funcionalismo. Considerando os objetivos dos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff de empreenderem uma profunda reforma sindical e trabalhista, a retomada do protagonismo dos professores nas universidades em que as seções sindicais estão aparelhadas pela entidade para-oficial é um grande acontecimento para a organização autônoma dos trabalhadores. Isso porque, por sua fidelidade aos princípios que nortearam o impulso original do “novo sindicalismo”, o Andes-SN sempre constituiu um contraexemplo muito incômodo para o peleguismo dominante. É impossível prever o desfecho da greve dos docentes de 2012 na altura em que redigimos este texto. No entanto, uma conquista já está assegurada. Ao votarem pela adesão ao movimento nas instituições cujas entidades foram aprisionadas pelo sindicato de carimbo, os docentes reconhecem a legitimidade do Andes-SN e de sua busca constante por um sindicalismo autônomo e combativo. Diante da força da greve não há recurso ao Ministério do Trabalho, assessoria ao Ministério da Educação, “mãozinha” do Ministério do Planejamento, ou apadrinhamento da CUT que possam injetar vida nesse filhote tardio do morto-vivo sindicato de Estado brasileiro. É difícil dizer se ao fim do processo assistiremos ao enterro definitivo da entidade fantasma pois, no quadro do sindicalismo brasileiro, como nos filmes de terror, os zumbis sempre retornam. Mas é certo que a greve desnudou esse espectro que anda pelos gabinetes de Brasília a falar em nome dos docentes. E o que se vê por baixo da capa artificial de legalidade que o Estado tenta lhe vestir é o putrefato cadáver do peleguismo. Morte rápida à entidade zumbi!

AMANHÃ: DEBATE SOBRE CARREIRA DOCENTE NA UFMS

COM REPRESENTANTES DO ANDES-SN E DO PROIFES DIA 10/07/2012, ÀS 13:30 TRANSMISSÃO EM VIDEOCONFERÊNCIA PARA OS DIVERSOS CAMPI EM TRÊS LAGOAS SERÁ NO AUDITÓRIO DO BLOCO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA. PARTICIPAÇÃO AO VIVO DOS PRESENTES, COM BLOCO DE QUESTÕES. PARTICIPEM! ADLeste Seção Sindical do ANDES-SN

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A ASSEMBLEIA DE 05 DE JULHO DECIDIU: UNIÃO DE SEGMENTOS E AMPLIAÇÃO DA LUTA

Ontem, 05 de julho ocorreu mais uma assembleia do movimento, com a presença de representante dos técnicos-administrativos e de professores do IFMS. Entre outras coisas ficou decidido: O envio de represante para Coxim, onde ocorre hoje reunião do comando unificado estadual Intensificação de manifestações com os segmentos em greve em Campo Grande e Brasília Panfletagem na feira de sábado (tia 07 de julho) em Três Lagoas entre 8 e 10 horas da manhã. No assembleia dia 12 de julho no mesmo local as 13h30 minutos A GREVE CONTINUA!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

ANDES-SN E A GREVE NA GLOBONEWS

Na noite de 03 de julho programa "Entre Aspas" da Globo News abordou como tema central a greve dos professores das instituições federais. Vale a pena conferir e repassar!! O link de acesso ao programa é: http://globotv.globo.com/globo-news/entre-aspas/t/todos-os-videos/v/acordo-sobre-greves-em-universidades-brasileiras-segue-sem-solucao/2024203/

ATIVIDADE NA CÂMARA MUNICIPAL DE TRÊS LAGOAS

O professor Vitor leu o documento, o público aplaudiu e em seguidas vários vereadores se manifestaram apoiando nosso movimento, inclusive propuseram que a casa fizesse um documento manifestando seu apoio ao movimento e o encaminhasse a bancada federal solicitação para que atuem no sentido de colaborar com as negociações da categoria.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Terça-feira, 02 de julho, as 19hs faremos a utilização da “tribuna livre” na Câmara Municipal de Três Lagoas

Prezados... Terça-feira, (02/07/2012) as 19hs faremos a utilização da “tribuna livre” na Câmara Municipal de Três Lagoas. Na oportunidade faremos um breve histórico da greve, pontuaremos a importância da UFMS no município e fecharemos solicitando apoio da Casa para a Greve e a pauta. Podemos, também, solicitar uma audiência pública para discutir a pauta com maior profundidade. É importante termos presença em número significativo. Saudações sindicais e universitárias. Diretoria da ADLeste-S.Sind (2011-2013)

Universidades estaduais pagam mais que federais

O salário inicial de um professor de universidade federal com doutorado é menor que o dos colegas das maiores instituições estaduais do país. A reportagem pesquisou quanto ganha um docente iniciante, com dedicação exclusiva (integral), na maior instituição estadual de cada região do país. Nas federais, o salário é de R$ 7.627 (a carreira é a mesma no país todo). O valor só é maior que os vencimentos dos docentes da Universidade Estadual de Londrina (a maior do Sul), que são de R$ 7.451. Entre essas estaduais analisadas, o maior salário é o da USP (R$ 8.715). Um dirigente que negocia salários por parte dos reitores disse reservadamente que reconhece que os vencimentos e a carreira dos professores devem ser melhorados. Ele afirmou que há perda de professores para instituições estaduais, mas que as saídas são principalmente para empresas privadas e outros postos públicos. Um analista de finanças iniciante na Controladoria Geral da União, por exemplo, pode ganhar R$ 12.960 ao mês. Um docente de universidade federal, em final de carreira, recebe R$ 12.225. DISPUTA O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, afirma que, apesar dos valores inferiores aos das escolas estaduais, há migração de docentes destas instituições para os novos campi das federais. "As federais em geral têm condições melhores de pesquisa. A exceção é São Paulo, que possui um sistema universitário consolidado." COMPOSIÇÃO SALARIAL No modelo reivindicado pelo Andes (sindicato docente), os salários praticamente dobram. Além disso, seria alterada a composição salarial. Hoje, metade do valor recebido provém de uma gratificação. O pedido é que seja tudo integrado ao vencimento básico, o que dá mais segurança a futuros reajustes. O governo não divulgou data para negociação. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, já sinalizou publicamente ser preciso equilibrar a melhoria da rede com as limitações orçamentárias, principalmente num momento de crise na Europa.

BAIXOS SALÁRIOS E ALTA EXIGÊNCIA DEIXAM VAGAS ABERTAS EM CONCURSOS PARA PROFESSOR NAS FEDERAIS DE SP!

Está no UOL: (http://www1.folha.uol.com.br/saber/1113612-25-de-concursos-para-docentes-em-federais-de-sp-nao-tem-aprovados.shtml) Iniciar impressão | Voltar para página 02/07/2012 - 04h30 25% de concursos para docentes em federais de SP não têm aprovados FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO A estabilidade do emprego e a remuneração para fazer pesquisa não têm sido suficientes para seduzir professores para as universidades federais em São Paulo. Falta de doutores causa concursos sem aprovados, diz MEC Universidades estaduais pagam mais que federais Levantamento feito pela Folha com base nos concursos para docentes em 2011 e neste ano mostra que 1 em cada 4 processos foram finalizados sem nenhum aprovado. Esses 59 concursos terminaram "vazios" por duas razões: ou não houve inscritos ou os candidatos não atingiram o patamar exigido em quesitos como prova escrita, análise de currículo e simulação de aula. Faltaram aprovados para seleções de diversas áreas, como psicologia, engenharia, saúde, ensino e economia. Como comparação, a reportagem contabilizou na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) 1% de concursos "vazios" no período. Os docentes da rede federal afirmam que a falta de atratividade é reflexo dos baixos salários e de uma carreira ruim. Adriano Vizoni/Folhapress Protesto dos alunos das universidades Federais na avenida Paulista na região central de São Paulo A categoria está em greve nacional há um mês e meio, com adesão de 95% das escolas, segundo a organização. O governo não tem balanço. O salário inicial para um professor com doutorado, em dedicação exclusiva, é de R$ 7.627 na rede federal. Na USP, Unesp e Unicamp (todas estaduais), um docente em posto similar ganha R$ 1.100 a mais, além de ter dispositivos que aceleram os aumentos (como quinquênios). Reitores das federais reconhecem que as condições a seus professores não são as ideais, mas dizem que os cursos ficam "vazios" devido à escassez de doutores no país. O Ministério da Educação faz avaliação semelhante. A rede federal precisa contratar porque está em forte expansão no Estado. As matrículas praticamente dobraram entre 2007 e 2010. Editoria de arte/Folhapress TURMAS A MENOS A instituição com mais dificuldades para atrair professores é a UFABC (Federal do ABC): em 35% dos concursos não houve aprovados. Representante dos estudantes da UFABC, Josiane de Oliveira diz que a ausência de docentes faz com que não haja vaga para todos os alunos em algumas matérias. A situação, afirma, pode atrasar a formatura dos estudantes, que precisam esperar os próximos períodos até aparecerem postos livres. "Com esse salário e carreira, quem quer ser professor em federal?", diz a presidente do sindicato docente da Unifesp (Federal de São Paulo), Virgínia Junqueira. Segundo ela, no campus de São José dos Campos, como falta professor, uma disciplina que seria dada em três turmas de 40 alunos é dada em uma turma com 120. A reitoria diz que desconhece essa situação.