quinta-feira, 12 de julho de 2012

RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO NO COMANDO NACIONAL DE GREVE 04 a 11 de julho de 2012

Professor Antônio Rodrigues Belon (ADLeste) Pra começo de conversa A distância entre o calor e a vida no COMANDO NACIONAL DE GREVE DO ANDES-SN e a expressão disto tudo em palavras é muito grande... Aqui é o lugar O COMANDO NACIONAL DE GREVE DO ANDES-SN funciona na sede do sindicato Sede Nacional - Setor Comercial Sul (SCS), Quadra 2, Edifício Cedro II, 5 º andar, Bloco "C" - Cep: 70302-914 Brasília-DF. As atividades externas como participação em eventos de outras entidades, unificados e manifestações implicam no retorno sempre ao local onde tudo se centraliza. Agora é a hora As reuniões ocorrem diariamente em regime de plantão, ou seja, de forma ininterrupta, inclusive aos sábados, domingos e feriados. A greve somos nós O COMANDO NACIONAL DE GREVE DO ANDES-SN se constitui pela participação de membros da Diretoria do Sindicato e Delegados de todo o Brasil eleitos, na base, representante das seções sindicais e dos COMANDOS LOCAIS DE GREVE. Os delegados se seguem uns aos outros em regime de rodízio definidos em suas bases de origem. Os acontecimentos Entre os dias 4 e 11 de julho, datas da chegada e da saída, respectivamente, este Delegado participou de reuniões cotidianas prestando informes sobre as movimentações na base da ADLeste e remetendo informações do COMANDO para a base. Na sexta, dia 6, foi aprovada a carta a Dilma e a tarde foi avaliação de conjuntura, já com a notícia da ameaça de corte de ponto. As análises convergiram para o que já vinha sendo debatido: é o momento de radicalizar a greve. O Delegado fez uma fala abordando o tema da radicalização mas também a responsabilidade do CNG em preparar a base para que quando viesse proposta do governo não se aceitasse qualquer coisa. No sábado, 7 de julho, ocorreu o ENCONTRO DOS COMANDOS DE GREVE DO SETOR DA EDUCAÇÃO FEDERAL, no auditório do Hotel San Marco, em Brasília. Os comandos de greve do ANDES-SN, da FASUBRA, do SINASEFE e o Comando de Greve dos Estudantes estiveram presentes. A composição da mesa se deu pela presença de um representante de cada setor nos dois momentos dos trabalhos. Pela manhã deu-se uma análise da conjuntura. Depois das falas dos componentes da mesa ― a representante do ANDES-SN foi a Marinalva ― as intervenções dos participantes foram em grande quantidade e de muito boa qualidade. O Delegado falou abordando as implicações da ameaça de corte de ponto nos seus aspectos políticos de susto, assédio e amedrontamento. Falou da guerra de (dês)informação externa e interna ao movimento, do uso da mídia e do diz-que-diz. Registrou as possibilidades de reação no nível de direção e na base. Lembrou o propósito de nosso campo de organizar pela base. Clamou pela necessidade da via sindical e popular para a circulação das orientações e para a tomada das decisões. Teceu considerações sobre a concepção do trabalho docente, dos técnicos e do funcionalismo na conjuntura contemporânea. Evidentemente de forma resumida, em três minutos. No período da tarde nova mesa com a repetição da composição por comando já praticada na manhã, e com o Schuch representando o ANDES-SN, fazendo no meu entendimento uma exposição correta e brilhante sobre o tema, tratou-se da “Precarização do Trabalho e Ensino”. Depois das exposições, de um modo geral, muito qualificadas da mesa, ocorreu uma grande quantidade de intervenções, no geral, de boa qualidade. O Delegado falou, em três minutos novamente, sobre a unidade de ação entre professores e técnicos enquanto trabalhadores, e dos estudantes; e a importância dela. Considerou a hipótese, no momento chave da greve em aproximação, do governo chamar um dos setores para uma negociação separadamente, quando a unidade vai ser posta à prova. A condição para o início de negociações seria a exigência da unidade, sem a exclusão de setores. O Barela fez a saudação inicial em nome da CSP-CONLUTAS e permaneceu quase o dia todo no evento. O encontro caracterizou-se, embora não formalmente, como um seminário na acepção própria da palavra, pela riqueza das discussões e semente desdobramentos nas lutas. Os temas foram discutidos, mas não foram objetos de deliberação conforme o previamente acordado. Na quarta-feira, ontem, em Brasília, o Delegado integrou e acompanhou o COMANDO indo até o palácio pedir para falar com a Dilma e entregar a ela uma CARTA. O documento foi entregue ao Ministro Interino da Casa Civil. A imprensa foi avisada e deu repercussão ao ato (Uol, Correio Braziliense, etc). A Comissão de Mobilização –integrada pelo Delegado- seria recebida na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em reunião previamente acordada. Na última hora os deputados cancelaram unilateralmente o encontro. A causa de tudo A causa da greve e dos problemas correlatos é a política do governo, neste momento, configurada na sua intransigência em negociar. A finalidade de tudo A bandeira fundamental continua sendo a luta pela carreira do professor federal e de condições de trabalho sem precarização. O eixo de lutas desdobra-se na perspectiva de uma universidade onde o ensino, a pesquisa e a extensão estejam no interior de um ensino público, gratuito, laico e qualidade sociamente referenciada. Como se fosse uma conclusão Mais que o calor e a vida no COMANDO NACIONAL DE GREVE DO ANDES-SN e a expressão disto tudo em palavras vale mobilizar e organizar as bases, repetidamente, para um longo e forte enfrentamento com o governo. O tempo do governo não é o tempo dos trabalhadores em greve.

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