sábado, 4 de julho de 2015

Manifesto do Comando Nacional de Greve e Mobilização do Fórum das Entidades Nacionais dos SPF

Os sucessivos ataques do governo aos direitos trabalhista, cortes orçamentários nos serviços públicos e a intensificação dos processos de privatização e terceirização foi coroado com uma proposta de “reposição salarial” de 21% dividido em quatro anos a partir de 2016 até 2019 para os SPF, não levando em consideração a atual perda causada pelo último reajuste concedido de forma plurianual e a inflação de 2015 que já é projetada em 10%, além de não apresentar nenhuma resposta para o restante da nossa pauta. Na apresentação da sua proposta o governo não escondeu seu real objetivo: rebaixar o impacto dos salários dos servidores públicos federais para o índice de 4% do PIB, para aumentar o superávit primário e garantir assim os quase 3 bilhões de reais que são repassados diariamente aos banqueiros do nosso país a título do pagamento dos serviços da dívida pública. Em reunião Ampliada dos SPF está proposta foi enfaticamente rechaçada, pelo seu caráter plurianual em um cenário totalmente imprevisível e por não aceitarmos a condição de responsáveis pela crise existente no nosso país. O Fórum dos SPF tem realizado uma série de atividades desde o início da Campanha Salarial Unificada de 2015, quando protocolamos nossa proposta no MPOG, em 25 de fevereiro desde ano, buscando efetiva negociação com o governo federal. Somente quatro meses depois o governo apresentou uma proposta, que no lugar de reajustar confisca os salários dos SPF nos próximos quatro anos em mais de 20%, isto se as previsões inflacionárias do governo se concretizarem, algo que não vem ocorrendo nos últimos anos. Hoje existe um Comando Nacional de Mobilização e Greve dos SPF – CNMG-SPF, construído em reunião ampliada dos SPF de todo o Brasil, realizada no dia 28 de junho, em Brasília-DF. O CNMG-SPF tem a responsabilidade de intensificar e organizar as mobilizações das entidades representativas dos SPF, deixando claro ao governo que queremos resposta efetivas aos oitos principais pontos de pauta da Campanha salarial Unificada 2015. O descaso do governo com a nossa Campanha salarial 2015 tem obrigado as entidades a se mobilizarem, já temos três entidades nacionais em greve (FASUBRA, ANDES-SN e FENAJUFE) e as demais entidades discutem nas suas instâncias de deliberação a construção da greve unificada dos SPF, a instalação do CNMG-SPF representa a intensificação da luta em defesa da nossa pauta de reivindicação.

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